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Marreco com arroz não é um necessariamente uma combinação culinária. Os rizicultores do Rio Grande do Sul têm apostado na criação de marrecos de Pequim como forma de garantir bons resultados na lavoura e, de quebra, o equilíbrio ecológico. As aves são verdadeiros predadores de pragas que atacam as plantações de arroz, como caramujos, arroz-vermelho e bicheira-da-raiz. Além disso, se alimentam de insetos que podem prejudicar a lavoura.
Os marrecos de Pequim têm como origem o nordeste asiático, mas possuem grande capacidade de adaptação em todo o mundo e não requerem grandes cuidados além da proteção de eventuais predadores. Para uma lavoura de arroz, são necessários, em média, 30 marrecos para cada hectare. As aves são colocadas nos arrozais logo após a colheita, antes do revolvimento do solo. Como se alimentam exclusivamente das pragas e insetos da lavoura, a partir do momento que os marrecos vão para as plantações os criadores deixam de ter custo, além de reduzir o uso de produtos químicos como herbicidas e ureia, e facilitar o plantio, o que torna a área mais rentável.
A Emater-RS tem procurado difundir entre os agricultores da região a técnica, que já é milenar nos países asiáticos. De acordo com estudo divulgado pela instituição, ao implantarem o sistema em uma fazenda no município de Restinga Seca entre 1996 e 2004, reduziu-se em 80% a infestação de arroz vermelho da lavoura, assim como controle das demais pragas. Além disso, ocorreu crescimento da fertilidade e da produtividade da área cultivada, assim como bom retorno financeiro através da comercialização de 1.500 kg de carne e 800 dúzias de ovos por ano.
De acordo com a FAO, a produção brasileira de arroz em 2010 (dados oficiais mais recentes) ultrapassou 11 milhões de toneladas, sendo a 9ª maior produção do mundo. O estado do Rio Grande do Sul é o responsável pela maior produção do grão em toda a América Latina.
Controle Biológico de Pragas e Invasoras do Arroz Irrigado com o Marreco-de-Pequim
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