Um estudo divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com o Instituto Max Planck de Química afirma que a cheia deste ano, no Rio Negro, estará entre as mais severas da história e deverá chegar a 29,67 metros, apenas 10 centímetros menos do que o recorde de 2009. Atualmente a cheia atinge 26,88 metros.
“Nunca no início de março o rio foi tão alto quanto esse ano. Como temos uma La Ninã moderada estabelecida no Pacífico Equatorial, este fenômeno contribuiu para o aumento das chuvas na região. O nível do rio no início do ano estava na média histórica e atingiu em dois meses um recorde”, afirma o pesquisador Jochen Schöngart.
O nível máximo do Rio Negro poderá ser atingido na segunda quinzena de junho. Uma vez muito cheio, afetará zonas urbanas, o que espalha lixo pela cidade. Em zonas rurais, atinge comunidades ribeirinhas e suas atividades de agricultura e pecuária.
De acordo com Jochen, a tendência de cheias e secas têm aumentado nos últimos 25 anos, mas ainda não é possível afirmar se estes fenômenos representam uma variabilidade natural do regime hidrológico da floresta ou se são consequências das mudanças climáticas.
Leia também
Em duas décadas, vegetação nativa perdida no Brasil tem quatro vezes a extensão de Portugal
Entre 2004 e 2023 foram convertidos 40,5 milhões de hectares de florestas para atividades produtivas, principalmente agropecuária, nos biomas brasileiros →
Desafios e futuro da preservação ambiental marcam 1º dia do Seminário de Jornalismo Ambiental ((o))eco
Evento marcou o início da comemoração de 20 anos de ((o))eco, com mesas de conversa, entrevistas, mostra de cinema e lançamento da Bolsa Reportagem Vandré Fonseca de Jornalismo Ambiental →
De olho nas formigas: ICMBio convida sociedade a ajudar na coleta de dados sobre espécies
Órgão ambiental abre consulta pública para avaliar risco de extinção de formigas, pessoas podem enviar contribuições como registros e fotos até o dia 8 de setembro →