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Cheia do rio Negro se aproxima de recorde histórico

Cheia deste ano deverá ficar apenas 10 centímetros abaixo do recorde de 2009. Ainda não é possível afirmar se o fenômeno está relacionado a mudanças climáticas.

Karina Miotto ·
13 de março de 2012 · 14 anos atrás
Gráfico elaborado pelo Inpa sobre variabilidade do regime de chuvas no rio Negro.
Gráfico elaborado pelo Inpa sobre variabilidade do regime de chuvas no rio Negro.

Um estudo divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com o Instituto Max Planck de Química afirma que a cheia deste ano, no Rio Negro, estará entre as mais severas da história e deverá chegar a 29,67 metros, apenas 10 centímetros menos do que o recorde de 2009. Atualmente a cheia atinge 26,88 metros.

Cheia do Rio Negro em 2009. (Crédito: Eduardo Gomes)
Cheia do Rio Negro em 2009. (Crédito: Eduardo Gomes)

“Nunca no início de março o rio foi tão alto quanto esse ano. Como temos uma La Ninã moderada estabelecida no Pacífico Equatorial, este fenômeno contribuiu para o aumento das chuvas na região. O nível do rio no início do ano estava na média histórica e atingiu em dois meses um recorde”, afirma o pesquisador Jochen Schöngart.

O nível máximo do Rio Negro poderá ser atingido na segunda quinzena de junho. Uma vez muito cheio, afetará zonas urbanas, o que espalha lixo pela cidade. Em zonas rurais, atinge comunidades ribeirinhas e suas atividades de agricultura e pecuária.

De acordo com Jochen, a tendência de cheias e secas têm aumentado nos últimos 25 anos, mas ainda não é possível afirmar se estes fenômenos representam uma variabilidade natural do regime hidrológico da floresta ou se são consequências das mudanças climáticas. 

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