Um estudo divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com o Instituto Max Planck de Química afirma que a cheia deste ano, no Rio Negro, estará entre as mais severas da história e deverá chegar a 29,67 metros, apenas 10 centímetros menos do que o recorde de 2009. Atualmente a cheia atinge 26,88 metros.
“Nunca no início de março o rio foi tão alto quanto esse ano. Como temos uma La Ninã moderada estabelecida no Pacífico Equatorial, este fenômeno contribuiu para o aumento das chuvas na região. O nível do rio no início do ano estava na média histórica e atingiu em dois meses um recorde”, afirma o pesquisador Jochen Schöngart.
O nível máximo do Rio Negro poderá ser atingido na segunda quinzena de junho. Uma vez muito cheio, afetará zonas urbanas, o que espalha lixo pela cidade. Em zonas rurais, atinge comunidades ribeirinhas e suas atividades de agricultura e pecuária.
De acordo com Jochen, a tendência de cheias e secas têm aumentado nos últimos 25 anos, mas ainda não é possível afirmar se estes fenômenos representam uma variabilidade natural do regime hidrológico da floresta ou se são consequências das mudanças climáticas.
Leia também
Em reabertura de conselho indigenista, Lula assina homologação de duas terras indígenas
Foram oficializadas as TIs Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT); representantes indígenas criticam falta de outras 4 terras prontas para homologação, e Lula prega cautela →
Levantamento revela que anta não está extinta na Caatinga
Espécie não era avistada no bioma havia pelo menos 30 anos. Descoberta vai subsidiar mudanças na avaliação do status de conservação do animal →
Lagoa Misteriosa vira RPPN em Mato Grosso do Sul
ICMBio oficializou a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Lagoa Misteriosa, destino turístico em Jardim, Mato Grosso do Sul →