
Um estudo divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com o Instituto Max Planck de Química afirma que a cheia deste ano, no Rio Negro, estará entre as mais severas da história e deverá chegar a 29,67 metros, apenas 10 centímetros menos do que o recorde de 2009. Atualmente a cheia atinge 26,88 metros.
“Nunca no início de março o rio foi tão alto quanto esse ano. Como temos uma La Ninã moderada estabelecida no Pacífico Equatorial, este fenômeno contribuiu para o aumento das chuvas na região. O nível do rio no início do ano estava na média histórica e atingiu em dois meses um recorde”, afirma o pesquisador Jochen Schöngart.
O nível máximo do Rio Negro poderá ser atingido na segunda quinzena de junho. Uma vez muito cheio, afetará zonas urbanas, o que espalha lixo pela cidade. Em zonas rurais, atinge comunidades ribeirinhas e suas atividades de agricultura e pecuária.
De acordo com Jochen, a tendência de cheias e secas têm aumentado nos últimos 25 anos, mas ainda não é possível afirmar se estes fenômenos representam uma variabilidade natural do regime hidrológico da floresta ou se são consequências das mudanças climáticas.
Leia também

Seca: passa de 100 o número de botos mortos em lago da Amazônia
Somente na quinta-feira (28) foram contabilizadas 70 novas mortes de botos-rosa e tucuxis no Lago Tefé (AM). Força tarefa foi criada para salvar população local →

Cavalo-marinho é registrado pela primeira vez na Ilha das Palmas, na Baía de Guanabara
Peixe ósseo, considerado vulnerável, sofre com microplásticos, captura para aquários e poluição →

Marina e Riedel prometem alinhar uma lei estadual pelo uso equilibrado do Pantanal
Grupo de trabalho terá 60 dias para contribuir com a proposta igualmente em debate no parlamento do Mato Grosso do Sul →