Campo Grande (MS) – Um dos maiores casos de sucesso de recuperação de população de espécie ameaçada de extinção virou livro. Quem assina a publicação “Joias azuis no céu do Pantanal” é a bióloga doutora Neiva Guedes, idealizadora do projeto Arara Azul. A obra também traz fotografias de Luciano Candisani.
O lançamento será no dia 29 de agosto, às 19h30, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, à avenida Calógeras, 3.000, na capital sul-mato-grossense.
O Projeto Arara Azul teve início em 1990 com o objetivo de estudar a biologia e as relações ecológicas da arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), através do manejo e promovendo a conservação da espécie em seu ambiente natural. Ele compreende o acompanhamento das araras e o monitoramento de ninhos naturais e artificiais, em uma área de mais de 400 mil hectares espalhada que inclui várias fazendas no Pantanal. Parte do trabalho é aproximar os proprietários locais do esforço.
Quando começou, apenas 3 mil animais viviam entre o Pantanal, floresta Amazônica e uma pequena região na confluência entre os Estados do Maranhão, Piauí, Goiás, Tocantins e Bahia. As populações do Paraguai e da Bolívia já haviam praticamente desaparecido pela ação dos traficantes.
Em 1990, a população no Pantanal era estimada em 1.500 indivíduos. Hoje, são mais de 5.000, aumento superior a 3 vezes. A presença da arara-azul-grande também está se expandindo para locais onde não era encontrada.
Além da que o nomeia, o projeto contempla outras espécies: araras vermelhas, tucanos, gaviões, corujas, pato-do-mato e outras espécies que coabitam o Pantanal.
A realização do Arara Azul é feita pelo Instituto Arara Azul e parceiros. Entre eles, a Fundação Toyota do Brasil, Universidade Anhanguera Uniderp, Refúgio Ecológico Caiman e Bradesco Capitalização. A partir da próxima quarta-feira (29), o livro estará disponível à venda em todo o Brasil. Mais informações no próprio site do instituto.
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