A situação de horror por que passam madeireiras com plano de manejo não é exclusiva do Pará. Atinge toda a Amazônia e é particularmente chocante para as madeireiras certificadas, que sempre se consideraram aliadas das autoridades ambientais na conservação da floresta. A coisa anda tão ruim que Carlos Alberto Guerreiro, presidente da Associação de Produtores Florestais Certificados da Amazônia (PCFA) mandou carta à Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acusando o governo de um equívoco crucial, que pode sufocar de vez as madeireiras que trabalham dentro da lei. Ao invés de aumentar a fiscalização no campo, onde atuam os ilegais, resolveu criar barreiras regulatórias e burocráticas intransponíveis, que só atrapalham quem está dentro da lei. Marina ainda não respondeu.
Leia também
Alta mortalidade de muriquis-do-norte gera alerta sobre futuro da espécie
Com mais de 40 anos de pesquisa, análise pioneira revela aumento abrupto nas taxas de mortalidade da população de muriquis em Caratinga desde 2016 →
Podcast: A luta coletiva contra a especulação imobiliária nos manguezais
No Ceará, moradores de comunidades tradicionais se organizam em coletivos para resistir à perda de identidade dos territórios →
Alteração de limites do Parque Nacional de Itajaí vira lei
Com a mudança, parque catarinense perde 2 hectares para construção de barragem de contenção de cheias no rio Itajaí-Mirim e incorpora outros 319 hectares à área protegida →