Os satélites e astronautas que orbitam ao redor do planeta capturam as mais incríveis imagens da Terra. Desde eflorescência algais até erupções vulcânicas, passando por lagos congelados e campos de turbinas eólicas, as lentes e sensores localizados além de nossa atmosfera nos lembram sempre que este pontinho azul na imensidão do espaço guarda paisagens deslumbrantes e surpreendentes. Veja abaixo algumas delas. As imagens são do Observatório da Terra da NASA.
No dia 30 de dezembro de 2013 uma grande eflorescência algal foi registrada pelo satélite Aqua em um trecho do Oceano Índico a 600 km da costa da Austrália. Esse fenômeno pode ocorrer quando uma grande massa de água escapa de uma corrente marítima e começa a girar como um redemoinho. Esses fenômenos, que podem se estender por centenas de quilômetros e durar meses, agitam o oceano e trazem nutrientes das profundezas, fertilizando as águas de superfície e propiciando o ambiente ideal para organismos planctónicos.
As baixas temperaturas no leste da Ásia estimularam um surto de um fenômeno chamado “ruas de nuvens” sobre o Mar do Japão. Quando o ar frio sopra abaixo de uma camada de ar mais quente e sobre águas também mais quentes, um efeito similar a cilindros rotativos de ar faz com que as nuvens se formem em longas linhas paralelas acompanhando a direção do vento. No dia em que o satélite MODIS capturou esta imagem, 9 de janeiro de 2014, a temperatura em Vladivostok, Rússia, ficou entre -12°C e -21°C
O Rio Missouri é o mais longo da América do Norte, com 3.767 km de extensão. O rio não segue um curso perfeitamente em linha reta, fazendo várias curvas ao longo de seu curso, como a retratada nesta fotografia feita por um astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional. Esta curva em especial é ocupada pelo lago Sharpe, cuja superfície congelada e coberta de neve se mistura com o resto da paisagem em suas margens.
Nesta imagem feita pelo Landsat 8 no dia 4 de janeiro de 2014 podemos ver que a cobertura de neve no monte Shasta, na Califórnia, está bem abaixo da média histórica para o período. O déficit de neve no Shasta é um retrato dos baixos níveis de neve e chuva registrados em toda Califórnia. Os números da precipitação em algumas áreas do estado estão se mostrando os mais baixos já registrados.
Se você fosse uma planta, o Vale do Oobloyah na ilha de Ellesmere, Canadá, provavelmente não seria o primeiro lugar que você gostaria de criar raízes. Um grupo de pesquisadores, porém, encontrou duas espécies novas de plantas crescendo na morena do glaciar de Arklio, um amontoado de pedras que os glaciares, ao descer, vão acumulando dos lados e na sua parte inferior. O glaciar está localizado na mesma latitude da Groenlândia, e por isso as temperaturas do ar e do solo são congelantes mesmo nos dias mais quentes. Nesta foto feita pelo satélite EO-1 podemos ver vários glaciares, como o Nukapingwa, o Arklio, o Perkeo e o Midget.
A vinte quilômetros da costa da Inglaterra está o maior parque eólico offshore do mundo. Localizado no estuário do Tamisa, onde o Rio Tamisa encontra o Mar do Norte, o London Array tem um poder de geração máxima de 630 megawatts, energia o suficiente para abastecer até 500 mil residências. Os pontos brancos nesta imagem feita pelo Landsat 8 em 28 de abril de 2013 são as turbinas eólicas, e alguns barco também podem ser vistos.
A erupção do vulcão San Miguel de El Salvador, em 29 de dezembro de 2013, deixou a cúpula revestida por uma camada de cinzas. O San Miguel é um dos vulcões mais ativos da El Salvador, e sua última erupção havia acontecido em 2002. A erupção de dezembro de 2013 lançou uma nuvem de cinzas de cerca de 9 km na atmosfera. As cinzas cairam tanto na encosta do vulcão quanto em cidades próximas, forçando 5.000 evacuação na região. A imagem é do satélite EO-1, feita no dia 15 de janeiro de 2014.
Nesta fotografia as nuvens sobre o sul da Mauritânia projetam sombras sobre a superfície do planalto de escuras rochas sedimentares. É possível ver também uma série de mesas, remanescentes isolados do planalto, na parte superior e perto do centro da imagem. Vemos também uma escarpa com cerca de 250 metros de altura. A foto foi feita pela equipe a bordo da Estação Espacial Internacional no dia 8 de janeiro de 2014.
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