A Amazônia ardeu em chamas no mês de junho, com 2.430 focos de calor computados. Este é o maior número em 15 anos, segundo dados atualizados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
No acumulado do ano, já são 7.401 focos registrados, cifra 15% maior do que o mesmo período do ano passado, quando foram computados 6.387 focos entre janeiro e junho.
O mês de junho marca o início da estação seca no bioma, mas ainda não o período mais crítico. Os maiores números de queimadas – e desmatamento – são historicamente registrados entre agosto e novembro, quando a estiagem no bioma se intensifica, facilitando as mudanças no uso do solo e dando combustível às chamas.
Queimadas no resto do país
As queimadas no Cerrado também dispararam no mês de junho, quando foram registrados 4.138 focos, número 10% acima da média para o mês (3.769). Em maio, o bioma já havia sofrido com o fogo. Naquele mês, foram computados 3.578 focos, a maior cifra já registrada pelo INPE para o período desde 1998, ano em que começou a série histórica.
No acumulado do ano, o número de queimadas no Cerrado já chega a 10.768, número 11% maior do que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 9.568 focos entre janeiro e junho.
O Pantanal também apresentou alta no número de incêndios, segundo o INPE. Entre janeiro e junho, foram monitorados 503 focos, número 35% maior do que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 371 focos.
Caatinga, Pampa e Mata Atlântica registraram redução no número de focos, quando comparados os primeiros semestres de 2021 e 2022.
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