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Audiência pública discute recriação de parque extinto na Paraíba

O antes estadual Parque do Poeta, extinto em 2020, pode ser recriado pelo município. Audiência pública é nesta quinta (29) às 10 horas, com transmissão online

Duda Menegassi ·
27 de abril de 2021 · 4 anos atrás

Extinto no dia 28 de outubro de 2020, o Parque Estadual do Poeta, localizado em Campina Grande, na Paraíba, pode ressurgir, com outro nome e em âmbito municipal. Nesta quinta-feira (29), a Câmara Municipal de Campina Grande realizará uma audiência pública para discussão e consulta sobre a criação do Parque Natural Municipal Serra da Borborema, que deverá “preservar sempre que possível, os limites do antigo Parque Estadual do Poeta”. Com início previsto para 10 horas, o evento será realizado de forma virtual, com transmissão ao vivo pelas páginas da Câmara.

O projeto de lei (nº325/2020) que cria o parque municipal é do vereador Saulo Noronha (Solidariedade-PB). “Em virtude da necessidade de promover educação ambiental o Parque Municipal Serra da Borborema tem como objetivo a preservação dos ecossistemas naturais relevantes ao município, a realização de pesquisas científicas, a recuperação de áreas degradadas, o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza”, descreve o PL.

O Parque Estadual do Poeta, criado em 2004, protegia um território de 267 hectares de Caatinga. Um projeto de lei enviado pelo próprio governador do estado, João Azevedo Lins Filho (Cidadania-PB), foi aprovado pela Assembleia Legislativa, e sentenciou a desafetação e o fim da unidade de conservação, com o objetivo de expandir a área comercial e imobiliária para dentro da área protegida. A urgência em recriar uma unidade de conservação no território é uma corrida dos ambientalistas contra a voracidade da expansão urbana de Campina Grande para cima do remanescente de Caatinga.

O território em jogo está inserido dentro das Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade na Caatinga (Ministério do Meio Ambiente, 2018), entre São José da Mata e o Cariri Paraibano, zonas consideradas de importância biológica alta e extrema, com habitats de Caatinga arbórea densa e arbustiva aberta.

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  • Duda Menegassi

    Jornalista ambiental especializada em unidades de conservação, montanhismo e divulgação científica.

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