Mesmo com decisão judicial determinando providências para evitar a morte de bugios por choque na fiação, nada foi feito pela CEEE Equatorial, desde que publicamos a reportagem aqui em ((o))eco em fevereiro deste ano. De lá pra cá, o programa Macacos Urbanos registrou mais 15 acidentes com bugios. Desses, seis foram eletrocutados devido a ausência da cobertura de cabos; nove por causas indefinidas (ataque de cães, brigas etc), sendo que dois morreram no local.
Dos acidentados por choque, três foram para o Preservas, da Faculdade de Veterinária da UFRGS, um macho juvenil acabou vindo a óbito, outro segue em tratamento e um terceiro permanece na mata, sem monitoramento.
Somente neste ano, já morreram por choque elétrico seis bugios. Outros três estão em tratamento e um machucado está solto na mata. No total, até hoje, foram identificados 10 casos de choque elétrico em bugio. A informação é do programa Macacos Urbanos, vinculado à UFRGS. A iniciativa conta com o trabalho voluntário de diversas pessoas físicas, conforme mostramos na reportagem de março deste ano.
No momento, a região Sul de Porto Alegre e Viamão, próximas ao Guaíba e outros cursos d’água, se encontram cheias de água. Mas isso não é problema para eles, pois vivem nos topos das árvores.
Em 21 de fevereiro, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público gaúcho e determinou a adoção de medidas para a mitigação dos danos à espécie, uma das 25 mais ameaçadas do mundo. Na época, o Judiciário tinha definido que a CEEE Equatorial precisaria implantar o Plano de Ação Preventiva de Acidentes de Bugios por Eletrocussão e garantir a manutenção periódica do isolamento de fios e prevenção de acidentes com esses animais. Também tinha determinado que a empresa informasse, em até 48 horas, a contar da comunicação do acidente de eletrocussão de bugios, aos canais de comunicação do consumidor da CEEE, aos órgãos ambientais ou ao MP.
A CEEE Equatorial foi procurada, mas não deu retorno.
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