O Chile enfrenta o maior desastre florestal da sua história, incêndios de grandes proporções já provocaram a destruição de um total de 155 mil hectares, ou seja, 1.550 km². É como se uma área um pouco maior do que a cidade de São Paulo pegasse fogo. Até o momento, os incêndios deixaram três brigadistas mortos e três feridos. Segundo o governo chileno, os incêndios são comuns durante a época de estiagem, mas as ações humanas e as mudanças climáticas são os motivos para o agravamento das queimadas.
A Corporação Nacional Florestal (CONAF), órgão ligado ao Ministério da Agricultura do Chile, informou que até o dia de hoje (24), de 89 registros, 36 focos estão sendo combatidos e 3 foram extintos. A situação é tão grave que o governo fechou, temporariamente, parques nacionais, reservas nacionais e monumentos naturais entre as regiões de Coquimbo e Los Rios. Até agora, são 43 unidades de conservação fechadas para visitação.
“O fechamento de parques, reservas e monumentos entre Coquimbo e Los Rios acontecem a partir de segunda-feira (23) e vai continuar até que as condições meteorológicas se estabilizem e não representem um risco para a propagação de incêndios florestais, como altas temperaturas, baixa umidade relativa e rajadas de vento. Além disso, a medida também visa reduzir o risco para os visitantes em caso de incêndios próximos ou dentro das unidades”, disse o diretor executivo da CONAF, Aaron Cavieres.
Os acontecimentos forçaram a presidente do Chile, Michelle Bachelet, a cancelar viagem à República Dominicana, onde participaria da cúpula de presidentes da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). “O país enfrenta o maior desastre florestal da sua história, mas superaremos a emergência”, afirmou Bachelet.
Em comparação aos anos de 2015-2016, o número de incêndios aumentou 14% no período de 2016-2017. A superfície afetada teve um acréscimo de 1.182%.
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