A Amazônia registrou pouco mais de 17 mil focos de calor no mês de agosto, número 47,5% menor do que o mesmo período no ano anterior, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pela medição, computou 33 mil focos. Os valores foram atualizados na noite de quinta-feira (31/08).
Este é o terceiro menor valor da última década, perdendo somente para agosto de 2013, quando foram registrados 9,4 mil focos, e 2018, com 10,4 mil focos no período. Nos quatro anos anteriores (2019 a 2022), o número de focos em agosto no bioma amazônico chegou a cerca de 30 mil.
O valor computado pelo INPE também é 35% menor do que a média para o mês – 26,5 mil focos.
O estado que mais queimou em agosto foi o Pará, com 6. 725 focos, seguido pelo Amazonas (5.474 focos), Mato Grosso (2.626 focos), Rondônia (1.715 focos) e Acre (1.388 focos).
Desde janeiro deste ano, somente em maio o número de queimadas foi menor do que em 2022 para o período. Em todos os outros meses, o número apresentou alta.
No início de agosto, o presidente Lula chegou a convocar prefeitos das cidades amazônicas a trabalhar junto com o governo federal no combate às chamas no bioma.
“Se a gente compartilhar as nossas decisões com os prefeitos das cidades dos estados da Amazônia e esses prefeitos se sentirem motivados a participar junto com o governo, a gente vai ter muito mais resultado do que se a gente ficar apenas denunciando”, disse
Em entrevista a rádios dos estados amazônicos, o presidente chegou a falar em premiar aqueles municípios que alcançarem bons resultados, mas sem detalhar como seria essa premiação.
“Em vez de a gente punir, a gente premiar aquelas pessoas que fizeram bem para a preservação da nossa fauna, da nossa floresta, da nossa água, para que as pessoas denunciem as queimadas, o garimpo ilegal, os madeireiros legais, eu acho que vai dar certo”, acrescentou.
Leia também
Emissões de CO2 na Amazônia aumentaram 122% durante primeiros anos de Bolsonaro
Aumento é resultado do declínio na aplicação de leis ambientais, mostra estudo publicado na Nature. Cifra é referente a 2020, em comparação com média entre 2010 e 2018 →
Desmatamento na Amazônia tem queda de 66% em julho
Primeiros sete meses do ano acumulam queda de 42,5% do desmatamento no bioma. Já no Cerrado, desmatamento segue em alta e bate recorde →
Mudanças no clima impõem corrida contra o tempo para espécies da floresta amazônica
Estudo mostra que espécies terão que migrar em velocidade acima da média para acompanhar o deslocamento dos nichos climáticos aos quais estão adaptadas →
Tá ganhando quanto para noticiar fake news?