O valor das unidades de conservação está normalmente associado à preservação de ecossistemas, de espécies da fauna e da flora, mas através do turismo, as áreas protegidas demonstram possuir um outro valor: o econômico. A cada R$1 investido no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) voltam R$7 para economia. Os dados são do estudo “Contribuições do turismo em Unidades de Conservação para a Economia Brasileira”, que analisa os gastos dos visitantes em 2017.
O estudo foi liderado pelo assessor da Coordenação Geral de Uso Público e Negócios (CGEUP) do ICMBio, Thiago Beraldo, e aponta quanto dinheiro o turista movimenta nas comunidades do entorno das unidades de conservação. Em 2017, as unidades de conservação federais geridas pelo órgão receberam mais de 10 milhões de visitantes, que juntos movimentaram 8 bilhões nas comunidades no entorno dessas áreas e geraram quase 80 mil empregos.
Os números contrariam a lógica de que o sistema de unidades de conservação é deficitário, com um orçamento maior do que o seu retorno financeiro. A importância do estudo está em contabilizar não apenas os gastos diretamente relacionados com a unidade, como a cobrança de ingressos, mas sim toda a cadeia produtiva impactada pelo turismo nas áreas protegidas. “Investir em unidade de conservação é investir em geração de emprego e renda, e no próprio desenvolvimento do país”, pontua Thiago.
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