Reportagens
8 de junho de 2007

Toque de mestre

Sem incentivos, Brasil tem experiências bem sucedidas no reaproveitamento de materiais e criatividade para construir casas ecologicamente corretas. Custa pouco e vale a pena.

Por Felipe Lobo
8 de junho de 2007
Análises
8 de junho de 2007

O dique rompeu

De Hellen Cano IBGE / DGC - Diretoria de Geociências Prezados, Sou geógrafa e tecnologista na Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do IBGE/RJ. Quero parabenizá-los pela reportagem de 05.06 - O Dique Rompeu. No entanto, causa-me espanto e indignação (e põe espanto e indignação nisso!!!) que ninguém esteja incomodado com a ausência de punição real contra o descumprimento das leis. Assisti, na semana passada, um painel de debates durante a 50a. REunião Extraordinária do CONAMA e percebi que há uma tendência nacional (confirmada em nível estadual pelas intenções de Blairo Maggi) de se "compensar " através de incentivos fiscais e financeiros aqueles agricultores que cumprirem a lei e não desmatarem locais, como APPs, que desde há muito tempo já são protegidas por lei. Novamente, só no Brasil se dá dinheiro para aquele que cumpre a lei, e não se pune com prisão ou uma multa que realmente afete as finanças daquele que a descumprir. Não há ninguém, para fazer um artigo sobre isso??? Vimos contrabandistas sendo capturados com mais de 10.000 animais silvestres, e depois soltos para pagarem uma multa de apenas 5.000 reais! Esse valor é irrisório perto do que eles lucram. Não vi nenhum respórter falar sobre isso. Considero que o peso da punição seja fundamental para que as leis ambientais sejam de fato levadas a sério! Muito obrigada!

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2007
Notícias
8 de junho de 2007

Blá blá blá “substancial”

Para infelicidade da primeira-ministra da Alemanha e atual presidente do G8, Angela Merkel, a reunião do grupo dos mais ricos do mundo terminou sem avanços nas medidas de combate ao aquecimento global. A chanceler alemã esperava que o texto final do encontro tivesse medidas específicas para a estabilização da concentração de gases estufa na atmosfera, mas o máximo que conseguiu foi uma declaração dos países que se comprometem a reduzir “substancialmente” as suas emissões. O texto vago, explica matéria do jornal Folha de São Paulo se deve ao fato de os Estados Unidos terem vetado o estabelecimento de metas numéricas no documento.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2007
Notícias
8 de junho de 2007

O desmatamento é nosso

Aproveitando a falta de compromisso aprofundado dos países do G8, o presidente Lula destilou o seu blá blá blá habitual. Conforme matéria do Estado de São Paulo, durante entrevista coletiva nesta quinta em Berlim, o nosso alto mandatário resolveu bater nos países ricos e reafirmou que serão eles, e não os emergentes, quem deverão resolver o problema do aquecimento global. Para completar o discurso, Lula colocou a cereja no bolo. “Nós sabemos cuidar da nossa Amazônia”. Com esse discurso, o Brasil dá sinais que não aceita compromissos formais para combater a principal fonte de emissões de gases estufa no país, o desmatamento. Além disso, alinha-se com a China, que também se mostrou contrária a ter metas especifícas para o corte de poluentes.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2007
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8 de junho de 2007

I love etanol

Outra matéria da Folha revela que Lula estaria disposto a só falar de etanol e biodiesel na participação que fará nesta sexta feira no encontro do G8. Ele e seus assessores estão convencidos que o Brasil pode salvar o mundo se passar exportar etanol a todo vapor. Vai dizer que temos terra de sobra para plantar cana de açúcar e de quebra, garante, não existe ameaça sobre a Amazônia.

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2007
Notícias
6 de junho de 2007

Corte

Há pouco mais de um mês, Eduardo Braga, governador do Amazonas, disse num encontro com lideranças indígenas e de seringueiros, que o bolsa-floresta que seu governo inventou para incentivar essas populações a preservarem a mata estadual seria de 500 dólares, ou pouco menos de mil reais, por ano. Foi aplaudido. Na terça-feira, ao sancionar o texto da lei estadual que trata desses e outros assuntos relativos às mudanças climáticas, o governador, deu outro valor para o mimo: 600 reais anuais.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2007
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6 de junho de 2007

Preço

Como Braga quer logo de cara estender seu bolsa-floresta às 8 mil e 500 famílias que vivem em Unidades de Conservação estaduais como reservas de desenvolvimento sustentável, o programa parte de um custo anual de 5 milhões e 100 mil reais por ano. Mas a intenção é elevar o número de cadastrados a 60 mil até 2010, o que vai empurrar essa conta, sem considerar a possibilidade de reajustes, para 36 milhões de reais anuais.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2007
Notícias
6 de junho de 2007

Pavor

Tem gente que, quando lembra do passado de descontrole que marcam programas de transferência de renda no Brasil, fica toda arrepiada com o tal bolsa-floresta de Braga. Temem que sua principal consequência seja atrair ainda mais gente para dentro das matas do Amazonas.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2007
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6 de junho de 2007

Ajuste

A comissão européia estuda obrigar as empresas a comprarem 100% de seus créditos de carbono. Até o momento, parte deles é doada pelos próprios governos do continente. Os comissários suspeitam que a benesse é a principal razão pela qual as emissões da inciativa privada teimam em não cair. As doações, dizem os especialistas, forçam os preços do mercado de carbono europeu para baixo. Portanto, fica mais barato para uma empresa meter a mão nas doações e comprar o que falta do que investir em tecnologia para reduzir suas emissões. Se todos os créditos forem a leilão, esse custo subirá, tornando a redução o único caminho economicamente vieavel.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2007
Notícias
6 de junho de 2007

Reciclagem poluidora

A indústria de papel Sovel da Amazônia foi autuada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manaus, por despejar borra da reciclagem de papel no igarapé Oscar, na Zona Leste da cidade, um afluente do rio Solimões. A denúncia foi feita por moradores. Segundo eles, o descarte está ocorrendo há 30 dias. A empresa tem 20 dias para se defender. A fábrica, que recicla papel e tem um sistema de tratamento para a água que vai ser descartada, teve o licenciamento ambiental renovado em 23 de fevereiro de 2007 pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O valor da multa ainda vai ser definido pela secretaria, que vai solicitar também a análise da água do igarapé para verificar o tipo de contaminação provocado pelo material descartado.

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2007
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