São 14h30 em Bali neste sábado (4 da manhã no Brasil) e a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas resolveu seu maior impasse. A questão que estava travando o acordo era a linguagem na declaração final sobre os compromissos que deverão ser adotados pelos países em desenvolvimento. Os países do G77 e China não aceitavam o parágrafo que dizia que as nações mais pobres teriam que reportar planos nacionais de combate às mudanças climáticas contando com apoio financeiro e tecnologia. O que não estava escrito é que quem deveria financiar isso eram os países ricos.
As delegações do G77 reclamaram que haviam aceitado fazer uma declaração mais amena sobre os compromissos futuros que deverão ter as nações industrializadas e cobraram uma contrapartida. A menção às metas de 25% a 40% saiu do texto principal e virou uma nota de rodapé que remete às conclusões do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climpaticas (IPCC). Mas mesmo assim os Estados Unidos decidiram recusar uma proposta da Índia para mudar o texto e tornar claro a importância dos ricos no financiamento de planos nacionais. Após pedidos em plenária para que os americanos se juntassem ao acordo, a chefe de delegação Paula Dobriansky, aceitou juntar o país ao consenso. Aplausos estusiasmados tomaram conta do auditório.
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