Reportagens

Ceará e a degradação à beira-mar

Até 1996, um passeio pelas dunas do Cumbe, vila no município de Aracati (CE), servia para admirar os manguezais da região. Hoje, o que se vê são fazendas de camarão abandonadas ao longo do litoral.

Redação ((o))eco ·
17 de setembro de 2008 · 16 anos atrás
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Por mais que o impacto seja muito aparente, os empreendimentos também sabem ser invisíveis. Eles chegam, usam terrenos e recursos públicos e depois vão embora impunemente. Algumas de suas técnicas já são conhecidas, mas ainda não coibidas. “Desde 1997, os produtores fazem um esquema: bloqueiam o curso dos afluentes dos rios a partir do trecho que desejavam usar. Assim, sem a mistura de água salgada com doce, o mangue morria. Bastava eles dizerem que o ecossistema já estava acabado antes de eles chegarem e pronto, tinham o aval para colocar seus tanques”, finaliza João do Cumbe.

Leia também

Notícias
25 de abril de 2024

Brasil registra o maior número de conflitos no campo desde 1985, diz CPT

Segundo os dados da Comissão Pastoral da Terra, país teve 2.203 conflitos em 2023, batendo recorde de 2020; 950 mil pessoas foram afetadas, com 31 assassinatos

Salada Verde
25 de abril de 2024

Acnur anuncia fundo para refugiados climáticos 

Agência da ONU destinará recursos do Fundo para proteger grupos de refugiados do clima. Objetivo é arrecadar US$ 100 milhões de dólares até o final de 2025

Salada Verde
25 de abril de 2024

Deputados mineiros voltam atrás e maioria mantém veto de Zema à expansão de Fechos

Por 40 votos a 21, parlamentares mantém veto do governador, que defende interesses da mineração contra expansão da Estação Ecológica de Fechos, na região metropolitana de BH

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.