Reportagens

Ceará e a degradação à beira-mar

Até 1996, um passeio pelas dunas do Cumbe, vila no município de Aracati (CE), servia para admirar os manguezais da região. Hoje, o que se vê são fazendas de camarão abandonadas ao longo do litoral.

Redação ((o))eco ·
17 de setembro de 2008 · 16 anos atrás
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Visão aérea de outra fazenda de camarão abandonada no Cumbe. Diferente das outras, ela foi aberta longe do mangue, o que exigiu uma drenagem das águas do rio Jaguaribe. (Foto: Felipe Lobo)
Por mais que o impacto seja muito aparente, os empreendimentos também sabem ser invisíveis. Eles chegam, usam terrenos e recursos públicos e depois vão embora impunemente. Algumas de suas técnicas já são conhecidas, mas ainda não coibidas. “Desde 1997, os produtores fazem um esquema: bloqueiam o curso dos afluentes dos rios a partir do trecho que desejavam usar. Assim, sem a mistura de água salgada com doce, o mangue morria. Bastava eles dizerem que o ecossistema já estava acabado antes de eles chegarem e pronto, tinham o aval para colocar seus tanques”, finaliza João do Cumbe.

Leia também

Notícias
21 de janeiro de 2025

“Decisão acertada”, dizem organizações sobre escolha de Corrêa do Lago como presidente da COP30

Embaixador contará com ajuda de Ana Toni, anunciada como CEO da Conferência do Clima no Brasil. Veja reação da sociedade civil sobre o anúncio

Análises
21 de janeiro de 2025

O que a mais ambiciosa legislação americana para recreação ao ar livre tem para nos oferecer?

O EXPLORE Act virou lei no final do ano passado nos Estados Unidos e busca resolver uma série de problemas do setor, num esforço participativo que pode inspirar a agenda brasileira

Reportagens
21 de janeiro de 2025

Os jardins que podem aumentar a resiliência climática e reduzir alagamentos em São Paulo

Implementados inicialmente pela sociedade civil organizada, a capital paulista conta com mais de 357 jardins de chuva; as periferias, no entanto, são as menos atendidas

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.