Salada Verde

Um presente que veio dos céus?

Primeira chuva artificial lançada sobre o Parna da Chapada Diamantina durou uma hora e aconteceu graças a sojeiros. Serviço anual custaria por volta de R$ 3,5 milhões.

Salada Verde ·
25 de março de 2009 · 15 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

O Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), que já começou a sofrer com incêndios florestais, ganhou, no último sábado (21), uma hora de chuva forte, provocada artificialmente por descargas de água filtrada nas nuvens. A tecnologia foi oferecida por uma empresa paulista, que “semeia” as nuvens com o uso de um monomotor. A chuva artificial cobriu cerca de 20 quilômetros quadrados do parque.

Segundo Pablo Casella, analista ambiental da unidade, há cinco anos o Parque pleiteia a contratação da tecnologia, mas nunca conseguiu angariar recursos para tanto ou o aval do Ibama. A chuva deste final de semana só foi possível poque a empresa, inicialmente contratada por sojeitos de uma região próxima ao parque, pôde oferecer as horas não usadas de trabalho à unidade.

O valor dos serviços pode parecer caro a primeira vista, segundo Casella, mas deve ser relativizado. Para o primeiro ano de semeaduras, seriam necessários 3,5 milhões de reais. “O valor não é alto se considerarmos que, no último grande incêndio que tivemos, em apenas 42 dias de combate estimamos que governos estadual e federal tenham gasto mais de 5 milhões de reais”.

Após a chuva, unidade voltou a pleitear recursos junto a empresas e ao governo federal para que a tecnologia seja usada com mais frequência. A idéia não é combater incêndios, mas manter a região sempre úmida, para que o sistema se retroalimente e dificulte a ocorrência de incêndios.

Leia também

Reportagens
23 de abril de 2024

COP3 de Escazú: Tratado socioambiental da América Latina é obra em construção

No aniversário de três anos do Acordo de Escazú, especialistas analisam status de sua implementação e desafios para proteger ativistas do meio ambiente

Salada Verde
23 de abril de 2024

Querem barrar as águas do ameaçado pato-mergulhão

Hidrelétricas são planejadas para principais rios onde vive o animal sob alto risco de extinção, na Chapada dos Veadeiros

Salada Verde
22 de abril de 2024

Livro destaca iniciativas socioambientais na Mata Atlântica de São Paulo

A publicação traz resultados do Projeto Conexão Mata Atlântica em São Paulo, voltados para compatibilização de práticas agropecuárias com a conservação da natureza

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.