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Exagero nas projeções

Relatório do Greenpeace denuncia propaganda enganosa de indústrias térmelétricas que querem se beneficiar de créditos de carbono por apoio na preservação de florestas. Projeções estão superestimadas.

Redação ((o))eco ·
16 de outubro de 2009 · 15 anos atrás

Depois das projeções bilionárias de compensações por carbono evitado feitas por empresas não apenas brasileiras, mas do mundo todo, um novo relatório do Greenpeace indica que é preciso cautela ao divulgar essas estimativas. Segundo a organização, o projeto de compensação de carbono pela preservação do parque Noel Kempff Mercado, na Bolívia, vai conseguir evitar a emissão de 5.8 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 30 anos. Isso equivale a 11% do que havia sido projetado em 1997. O Greenpeace alerta para propaganda enganosa de empresas como a BP America, American Eletric Power Company e PacifiCorp, que apoiam o projeto, por terem reportado ao departamento americano de energia compensações maiores do que a capacidade do programa de conservação boliviano. A intenção é conseguirem crédito para continuar suas atividades poluentes.

A divulgação do relatório do Greenpeace causou desconforto no mundo das ONGs. A organização TNC, que encabeçou o projeto em Noel Kempff, declarou oficialmente que discorda do Greenpeace, mas admite que as projeções foram maiores do que o que se verificou na realidade.

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