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Reserva biológica sob pressão

MPF acusa Incra e Instituto Chico Mendes de poderem causar genocídio a quilombolas que querem 41 mil hectares de uma das reservas mais conservadas da Amazônia.

Redação ((o))eco ·
10 de fevereiro de 2010 · 15 anos atrás

O Ministério Público Federal em Rondônia encampou o discurso da comunidade de Santo Antônio do Guaporé, reconhecida como quilombola pela Fundação Palmares, e ingressou com ação civil pública contra o Instituto Chico Mendes e o Incra para que os pleiteantes consigam o título de 41.600 hectares de áreas alagadas dentro da Reserva Biológica do Guaporé, uma das áreas mais bem preservadas da Amazônia em Rondônia. O MPF defende que a população vem sofrendo restrições do órgão ambiental ao seu desenvolvimento econômico. E reclama que o processo de regularização fundiária está parado na Câmara de Conciliação da Advocacia Geral da União há dois anos. “É inconcebível que a dignidade humana se veja contingenciada pela intransigência do próprio Estado”, reclamou o procurador da República Daniel Fontenele, que pede celeridade no atendimento à saúde, educação, energia elétrica e manejo de recursos naturais por parte dos quilombolas. Fontenele chegou ao ponto de falar em extermínio da população quilombola, se seus pedidos não forem atendidos.

Conheça a história dos pleitos quilombolas no Vale do Guaporé:

Quilombo até embaixo d’água
Conservação e os pleitos quilombolas
Conciliar é preciso, por bem ou por mal

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