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Riscos do REDD

Estudo alerta que mecanismo de redução de emissões por desmate exigirá maior controle dos governos centrais e menos intervenção de comunidades locais.

Redação ((o))eco ·
28 de abril de 2010 · 15 anos atrás

O mecanismo global concebido para reduzir emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD) ameaça impactar controle social local em países tropicais pobres, afirma estudo recém publicado. O artigo, divulgado na revista Science pelos pesquisadores Edward Webb e Jacob Phelps, analisa como o esquema poderia se tornar mais complexo muito em breve, não valorizando o modo de vida e as intervenções de comunidades locais.

Em nível nacional, a corrida para fazer parte de um mercado de carbono competitivo não demandaria uma tendência de descentralização em países mais pobres, onde governos têm dado a comunidades e administrações locais mais direitos e poderes para gerenciar suas florestas.

O manejo descentralizado das florestas tem aparentemente aprimorado o estoque de carbono, resultando numa quantidade maior de recursos para administrar. O mecanismos de REDD, diz o artigo, é um esquema baseado no desempenho de cada local, que aumentaria dramaticamente o valor de mercado das matas. O risco do não pagamento, resultando em problemas no manejo, iria incentivar um controle maior pelos governos centrais.

Webb e Phelps defendem que um esquema de REDD devidamente constituído é complexo e arrisca resultados positivos, se feito de modo indevido.

O estudo foi publicado dias após o lançamento de um manifesto de preocupação feito por 42 organizações não governamentais, que denunciaram a Iniciativa Paris-Oslo de não considerarem os interesses de populações locais. (Patch Bodenham)

Veja o manifesto aqui.

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