![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/riobranco_centro.jpg)
Os riscos infligidos pelas queimadas alertaram a população de Rio Branco, que já enfrenta dificuldades respiratórias pela má qualidade do ar e da fumaça que encobre os céus. Estudantes e sindicalistas saíram na última terça feira (24) às ruas em protesto contra as queimadas descontroladas e utilizaram máscaras cirúrgicas como manifestação das questões de saúde para a população. O protesto encerrou-se na frente do Ministério Público do Estado – órgão que fiscaliza os focos de incêndio diariamente – com cerca de 500 estudantes de escolas públicas e privadas e sindicalistas em passeatas pelas ruas principais da capital.
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/protescorb.jpg)
Estado de alerta
Baixa umidade do ar, altas temperaturas e ventos fortes ajudam a espalhar o fogo rapidamente, o que aumenta o perigo das queimadas nas cidades. Nos centros urbanos o fogo inicia-se em lixos queimados em quintais, enquanto nas áreas rurais o fogo começa nas beiras das estradas, atingindo pastos e, rapidamente, chegando nas florestas. As queimadas prejudicam a saúde das pessoas, aumentando a procura pelos centros de saúde. Outro grande agravante é a possibilidade de desabastecimento de água em algumas cidades, como Rio Branco, que já busca alternativas para a captação da água desperdiçada pela população.
No dia 24 representantes dos 22 municípios do Acre se reuniram para discutir as ações de combate às queimadas juntamente com a SEMA, IMAC, MPE e outros parceiros. Na sede da Associação de Municípios do Acre (AMAC) foram apresentadas as últimas informações sobre os ocorridos e criadas estratégias e ações de remediação. Está aumentando a rigidez com a fiscalização das queimadas e os responsáveis pelas mesmas.
O IMAC, o IBAMA, a Polícia Militar Civil e Federal, Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Bombeiros e Defesa Civil compõe a força-tarefa encarregada de operar as fiscalizações por terra e ar todos os dias da semana.
Imagens de satélite, helicópteros (um do IBAMA e o outro do Estado) e um avião (parceria com a Universidade Federal de Viçosa) são as ferramentas de controle e aumento da fiscalização. Graças a parcerias do governo, fortalece-se o movimento anti queimadas, com a sala de situação que reúne as informações sobre queimadas 24 horas por dia. Porém, dentre as ações federais, estaduais e municipais é a ação popular que ajuda a evitar o início do fogo, apresentando maiores resultados. O esforço coletivo pode remediar os grandes incêndios nas florestas nacionais e do estado do Acre.
“Não podemos ficar omissos neste momento de tanta preocupação, de tanta gravidade. Temos que criar uma mobilização da sociedade, envolvendo escolas, igrejas e a sociedade organizada. A população tem que se conscientizar de que a responsabilidade é de todos”, disse o prefeito de Rio Branco e presidente da AMAC, Raimundo Angelim.
Movimento #chegadequeimadas
Diversas pessoas estão expressando indignação em relação às queimadas no Brasil através da rede social Twiiter. Diversos comentários e notícias estão sendo distribuídos com o marcador #chegadequeimadas. As manifestações, denúncias e protestos já mobilizou mais de 25 mil pessoas.
Para participar utilize sua conta do twitter com a tag #chegadequeimadas.
(Laura Alves)
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Esther.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Com servidores ambientais em greve, ministra da Gestão se compromete a reabrir negociações
Categoria entrou em greve em 24 estados após fim das negociações pela reestruturação da carreira; promessa foi feita a servidores da Paraíba, durante evento em João Pessoa →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Johann_Chui-ao-Oiapoque_1_corte3-2.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Do Chuí ao Oiapoque na maior trilha do Brasil
Com mais de 2.500 quilômetros já percorridos, o francês Johann Grondin realiza sua maior aventura, literalmente, ir a pé de um extremo ao outro do Brasil →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/delivery-worker_Asuncion_Paraguay-24-2048x1365-1.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Calor extremo: como a crise climática impacta trabalhadores na América Latina
Eventos climáticos extremos e aumento das temperaturas colocam em risco saúde dos trabalhadores e demandam medidas de adaptação →