O pedido do MPF surgiu em resposta à posição favorável do juiz César de Moraes Sabbag em relação às queimadas, que havia negado a solicitação da ação civil pública que pedia a suspensão imediata de todas as licenças concedidas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo.
O MPF requer que, uma vez reformada a decisão do TRF de Ribeirão, que o mesmo determine e reconheça a responsabilidade do Ibama na concessão de licenciamentos ambientais para a atividade em questão, mantendo-as de acordo com as leis ambientais. É também solicitado que o Ibama e a Polícia Ambiental do Estado de São Paulo ganhem apoio para campanha de divulgação das novas normas para recebimento de autorização para a queimada de palha de cana na região.
De acordo com Procurador da República Andrey Borges de Mendonça, a situação ambiental na região de Ribeirão Preto é grave, pois as queimadas agravam perigos à saúde da população devido à quantidade de fumaça e fuligem resultantes dessa atividade, além dos riscos de difusão das queimadas, possibilitada pelo período de estiagem. (Laura Alves)
Leia também

Elevação do nível do mar ameaça aves limícolas migratórias
Estudo mostra que o aumento do nível do mar e a compactação de planícies de maré no Amapá reduzem o alimento para aves migratórias, aumentando seu risco de extinção. →

Governança climática brasileira é centralizada e anacrônica, dizem especialistas
FGV e Instituto Talanoa propõem criação de um “Sistema Nacional” de Clima para o Brasil →

Projeto quer reduzir APA da Baleia-Franca, em Santa Catarina
O projeto de lei pretende excluir toda a faixa terrestre da Área de Proteção Ambiental catarinense, sob alegação de que foco deve estar nos ecossistemas marinhos →