Reportagens

Fundo protege mangues da Guanabara

Parceria entre ICMBio e SOS Mata Atlântica viabiliza aporte financeiro constante para a região mais preservada da baía mais famosa do país. 

Thiago Camara ·
15 de dezembro de 2010 · 12 anos atrás
Contorno amarelo marca os limites da APA Guapimirim
e a linha vermelha, os limites da Estação Ecológica Guanabara.
Clique nos pontos amarelospara ler informações georeferenciadas,
como os pontos onde foram encontrados sinais de poluição.
Navegue utilizando os cursores à direita


Visualizar Guapamirim em um mapa maior

No estado do Rio de Janeiro restam 18, 3% de Mata Atlântica. Parte desses remanescentes estão localizados na Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim e na Estação Ecológica Guanabara. A paisagem é exuberante e pouco conhecida. Para viabilizar a sustentabilidade dessas unidades de conservação foi lançado no dia 9 de dezembro, o Fundo Guanabara, um aporte financeiro constante para auxiliar a gestão das áreas e estimular pesquisas na região. Reservas federais, ambas são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). Já a gestão do fundo e o repasse, fica sob responsabilidade da Fundação SOS Mata Atlântica. O programa faz parte do Fundo pró-Unidades de Conservação Marinhas proposto pela ONG.

“Todo o entorno da baía sofreu com o processo de industrialização e urbanização descontrolada. O único trecho que sobrou, conservado, é das áreas da APA e da ESEC. Os principais desafios que estamos enfrentando são mais uma onda de industrialização, com a chegada da indústria do petróleo à nossa região. Nosso principal desafio é manter a qualidade ambiental desse último relíquito de vegetação nativa da BG frente a essa nova leva de industrialização que se avizinha”, explica Breno Herrera, Chefe da APA Guapimirim.

Confira o slide show com fotos da região. (clique em play para ouvir narração e entrevistas. Créditos das fotos: Thiago Câmara e Leornardo Milano/ICMBio. Música: Alexandre Klinke)

Entrevista com  Breno Herrera, Chefe da APA Guapimirim




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Comentários 1

  1. num país de faz de conta, por mais deploráveis que sejam as iniciativas de algumas casas legislativas estaduais, e dos próprios especuladores, criminosos ambientais, que surfam na esperança da impunidade, a lentidão da justiça apenas reforça a sensação dessa impunidade. Enquanto o Brasil não se tornar um país sério, em que as leis e a constituição são para valer, as lamentações dos ambientalistas, como eu e outros, serão inócuas. Triste e desanimador reconhecer essa realidade, que favorece aos que causam danos ao meio ambiente. Privatizam-se os ganhos às custas dos estragos ao meio ambiente – perda de todos – socialização dos prejuízos…