Ainda este ano, serão analisadas espécies da Amazônia, Cerrado e Pantanal. Meta é concluir até 2014 a avaliação de todas as aves brasileiras. Segundo dados do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO), são mais de 1.800 espécies.
As espécies foram avaliadas de acordo com as categorias e critérios da União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).
Fizemos uma lista dos extintos, ameaçados, em perigo e os quase ameaçados para quem sabe, conhecendo melhor, consigamos preservar.
Extinta na Natureza
Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii)
Criticamente em perigo
Em 2008 o ((o))eco publicou reportagem sobre esse importante pássaro e de um padrinho muito especial, saiba mais aqui.
Tiriba-de-peito-cinza (Pyrrhura griseipectus)
Em perigo
Beija-flor-de-gravata-vermelha (Augastes lumachella)
Papa-formiga-do-sincorá (Formicivora grantsaui)
Formigueiro-do-nordeste (Formicivora iheringi)
Arapaçu-de-wagler (Lepidocolaptes wagleri)
Borboletinha-baiana (Phylloscartes beckeri)
Cara-dourada (Phylloscartes roquettei)
Gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus)
Tapaculo-da-chapada-diamantina (Scytalopus diamantinensis)
Arapaçu-do-nordeste (Xiphocolaptes falcirostris)
Vulneráveis
Vira-folha (Sclerurus scansor cearenses)
Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)
Jaó-do-sul (Crypturellus noctivagus zabelê)
Maria-do-nordeste (Hemitriccus mirandae)
Jacucaca (Penelope jacucaca)
Quase ameaçados
Chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis)
Papa-moscas-do-sertão (Stigmatura napensis bahiae)
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva)
Tico-tico-do-são-francisco (Arremon franciscanus)
Torom-do-nordeste (Hylopezus ochroleucus)
Pintassilgo-do-nordeste (Sporagra yarrellii)
Bacurau-do-são-francisco (Nyctiprogne vielliardi)
A pesquisa revelou ainda nove espécies com dados insuficientes (DD), são esses: O Rabo-branco-de-cauda-larga (Anopetia gounellei); Bacurauzinho-da-caatinga (Caprimulgus hirundinaceus); João-chique-chique (Gyalophylax hellmayri); Chorozinho-da-Caatinga (Herpsilochmus sellowi); Maria-preta-do-nordeste (Knipolegus franciscanus); Maria-preta-de-garganta-vermelha (Knipolegus nigerrimus hoflingi); Bico-virado-da-caatinga (Megaxenops parnaguae); Jacupemba (Penelope superciliaris ochromithra) e Choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus).
Como foi feita a avaliação
As análises foram realizadas em nível de espécie, seguindo-se a nomenclatura do CBRO de 2011. Como material de trabalho, utilizou-se a ficha de cada espécie e mapas de pontos de distribuição e polígonos. Nos casos em que uma subespécie ou população se encontrava com ameaças diferenciadas, declínio populacional, extensão de ocorrência ou área de ocupação muito restritas, optou-se pela avaliação da subespécie ou população. A avaliação do estado de conservação das espécies é constituída por várias etapas, incluindo a compilação de dados na ficha das espécies, a elaboração de mapas a partir de registros existentes na literatura, a disponibilização para consulta pública e a realização de oficinas para avaliação do estado de conservação. Haverá ainda de ser analisada por um especialista em categorias e critérios da União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN). Ao final, os participantes dividiram-se em quatro grupos para atualizar as fichas das espécies e submeter os artigos à publicação na Revista da Biodiversidade Brasileira do ICMBio. As fichas estarão disponíveis em breve no site do ICMBio na internet. Apesar das alterações climáticas não terem sido incluídas no processo de avaliação das espécies, os participantes ressaltaram que é importante considerar essa possibilidade, sendo que mais estudos devem ser realizados para atestar a influência do aquecimento global na probabilidade de extinção dos táxons. |
Leia também
Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Supremo garante a proteção de manguezais no país todo
Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono →
A Floresta vista da favela
Turismo de base comunitária nas favelas do Guararapes e Cerro-Corá, no Rio de Janeiro, mostra a relação direta dos moradores com a Floresta da Tijuca →