Menos de 2% das áreas marinhas brasileiras estão protegidas dentro de unidades de conservação. A demanda do setor ambiental é pela criação de novas áreas protegidas e a ampliação das existentes para que o Brasil consiga chegar mais perto da meta fixada pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de ter pelo menos 10% dos ambientes marinhos protegidos até 2020.
Em entrevista no stand de ((o))eco, Henrique Horn, chefe da estação ecológica de Taim, localizada nos municípios do Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, fala sobre o processo de ampliação da estação ecológica.
“O Taim é um ponto fora da curva em termos de estrutura. Aqui no Brasil as unidades são conhecidas por não terem estrutura. O Taim tem uma boa estrutura, isso já vem de um trabalho de muitos anos, então tem 5 bases, com caminhonetes, lanchas, com bons profissionais trabalhando em várias áreas, então ele [o Taim] tem mais capacidade de gerenciar uma área maior do que gerencia hoje, por isso a proposta de ampliação de 11 mil para 33 mil (ha).
A ampliação do estação ecológica tem consenso na região, diferentemente de outras áreas onde a criação ou ampliação de uma área protegida gera conflitos. Henrique Horn lembra que a maior parte das áreas são áreas públicas.
“As áreas marinhas têm uma grande vantagem por serem áreas públicas, são áreas de interesse público, você não tem a complexidade de um núcleo urbano próximo, em geral”.
Agenda
De acordo com Horn, a criação ou ampliação de áreas marinhas é mais fácil do que a criação de áreas terrestres. O setor petrolífero já tem seus blocos de exploração basicamente definidos e a crise financeira diminuiu a demanda por novas áreas de exploração.
“Nós temos uma oportunidade de redução da tensão em cima nas áreas marinhas por conta do desaquecimento econômico, então vale a pena ter um olhar sobre o mar […]”.
Abaixo, veja o vídeo completo da entrevista de José Truda com Henrique Horn – chefe da Esec do Taim.
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