Salada Verde

Um presente que veio dos céus?

Primeira chuva artificial lançada sobre o Parna da Chapada Diamantina durou uma hora e aconteceu graças a sojeiros. Serviço anual custaria por volta de R$ 3,5 milhões.

Salada Verde ·
25 de março de 2009 · 17 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

O Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), que já começou a sofrer com incêndios florestais, ganhou, no último sábado (21), uma hora de chuva forte, provocada artificialmente por descargas de água filtrada nas nuvens. A tecnologia foi oferecida por uma empresa paulista, que “semeia” as nuvens com o uso de um monomotor. A chuva artificial cobriu cerca de 20 quilômetros quadrados do parque.

Segundo Pablo Casella, analista ambiental da unidade, há cinco anos o Parque pleiteia a contratação da tecnologia, mas nunca conseguiu angariar recursos para tanto ou o aval do Ibama. A chuva deste final de semana só foi possível poque a empresa, inicialmente contratada por sojeitos de uma região próxima ao parque, pôde oferecer as horas não usadas de trabalho à unidade.

O valor dos serviços pode parecer caro a primeira vista, segundo Casella, mas deve ser relativizado. Para o primeiro ano de semeaduras, seriam necessários 3,5 milhões de reais. “O valor não é alto se considerarmos que, no último grande incêndio que tivemos, em apenas 42 dias de combate estimamos que governos estadual e federal tenham gasto mais de 5 milhões de reais”.

Após a chuva, unidade voltou a pleitear recursos junto a empresas e ao governo federal para que a tecnologia seja usada com mais frequência. A idéia não é combater incêndios, mas manter a região sempre úmida, para que o sistema se retroalimente e dificulte a ocorrência de incêndios.

Leia também

Notícias
19 de dezembro de 2025

STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas

Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas

Análises
19 de dezembro de 2025

Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal 

Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção

Reportagens
19 de dezembro de 2025

Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional

Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.