A aprovação na Câmara da MP 458/09, que facilita a “regularização fundiária” na Amazônia, foi uma “vitória dos ambientalistas”. Isso é o que pensa o ministro Carlos Minc, que fez questão de enviar hoje (15), via assessoria, mensagem reafirmando tal posição. Segundo Minc, o fato de os ruralistas não terem conseguido derrubar as cláusulas condicionantes que garantiriam a preservação do bioma “consagrou o princípio da legalidade ambiental”. Nas cinco votações de destaques, que modificariam o texto original, a base ruralista perdeu por 90 votos contra 190. Entre as condicionantes propostas pelo Ministério do Meio Ambiente que fazem parte do texto aprovado estão a perda do título de propriedade para quem desobedecer exigências ambientais, veto ao desmatamento para quem receber o título da terra e obrigatoriedade da recomposição de áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Tudo isso conseguido por um “vigoroso trabalho de convencimento” de Minc com os parlamentares. “Poderemos responsabilizar e punir quem cometer crimes ambientais e, melhor ainda, incentivar e apoiar quem produzir de forma sustentável e conservando a floresta”, disse Minc. É esperar para ver.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →



