A aprovação na Câmara da MP 458/09, que facilita a “regularização fundiária” na Amazônia, foi uma “vitória dos ambientalistas”. Isso é o que pensa o ministro Carlos Minc, que fez questão de enviar hoje (15), via assessoria, mensagem reafirmando tal posição. Segundo Minc, o fato de os ruralistas não terem conseguido derrubar as cláusulas condicionantes que garantiriam a preservação do bioma “consagrou o princípio da legalidade ambiental”. Nas cinco votações de destaques, que modificariam o texto original, a base ruralista perdeu por 90 votos contra 190. Entre as condicionantes propostas pelo Ministério do Meio Ambiente que fazem parte do texto aprovado estão a perda do título de propriedade para quem desobedecer exigências ambientais, veto ao desmatamento para quem receber o título da terra e obrigatoriedade da recomposição de áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Tudo isso conseguido por um “vigoroso trabalho de convencimento” de Minc com os parlamentares. “Poderemos responsabilizar e punir quem cometer crimes ambientais e, melhor ainda, incentivar e apoiar quem produzir de forma sustentável e conservando a floresta”, disse Minc. É esperar para ver.
Leia também

Veja como votou cada senador no projeto que implode o licenciamento ambiental
Aprovada no Senado na noite desta quarta-feira (21), proposta segue para análise da Câmara →

Com mudanças de última hora, projeto-bomba do Licenciamento é aprovado no Senado
Texto agora segue para segunda apreciação pela Câmara dos Deputados. Caso vire lei, medida vai tornar mais maleáveis as normas para licenças ambientais →

Degradação da Amazônia cresce 163% em dois anos, enquanto desmatamento cai 54% no mesmo período
'Saldo negativo' da proteção do bioma registrado entre 2022 e 2024 pode comprometer metas internacionais do Brasil, alertam pesquisadores do Inpe e colaboradores na revista Global Change Biology →