Lançado há poucos dias, o livro Coprodutos da Cadeia Produtiva da Bioenergia em Minas Gerais reúne experiências coletadas pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sebrae e institutos Euvaldo Lodi e Pró-Cittá, ligadas ao aproveitamento de resíduos gerados pelo uso crescente de biocombustíveis. Os projetos transformam materiais antes descartados em coprodutos das cadeias do etanol, biodiesel, biogás e carvão vegetal. O estudo também aponta gargalos no setor energético mineiro, trazendo dados para a definição de políticas de investimentos.
Diretor-superintendente do Sebrae em Minas Gerais, Afonso Maria Rocha disse que “no entorno de grandes usinas de álcool e de açúcar existe um universo para a criação de micro e pequenas empresas que podem integrar a cadeia produtiva”.
Exemplos de coprodutos
Biodiesel – para cada mil litros de biodiesel produzidos são gerados, aproximadamente, 86,5 quilos de glicerina, que é matéria-prima para fabricação de aditivos, lubrificantes e resinas.
Etanol – para cada mil litros de etanol de caldo de cana são gerados cerca de 13 mil litros de vinhaça e 4.200 quilos de bagaço. A vinhaça é usada para fertirrigação, mas pode ser tratada para produção de energia e fertilizante líquido. O bagaço excedente pode ser aproveitado para produção de energia.
Biogás – é possível usar o biogás gerado nas estações de tratamento de esgoto e aterros sanitários para geração de energia. O esterco de animais também pode ser utilizado para produzir biogás e fertilizante de excelente qualidade.
Carvão vegetal – o líquido pirolenhoso gerado no processo de transformação da madeira em carvão pode ser usado como fertilizante, entre várias aplicações.
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