Duzentos e trinta e três aves silvestres foram devolvidas à natureza neste fim de semana pelo Ibama. Boa parte do animais soltos eram vítimas do comércio ilegal e foram apreendidas pelo órgão federal em diversos estados do país. A soltura contou com apoio logístico da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace).
Foram soltos 79 papa-capins, 39 bicudos, 15 curiós, 6 pintassilgos-do-nordeste e 3 trinca-ferros. Além de 19 papagaios-do-mangue, 20 jabutis-piranga, 2 maracanãs nobres e 50 periquitos-do-sertão.
Em Pernambuco, a soltura contou com o apoio técnico do Cetas do estado, e em Sergipe, as aves foram soltas em uma área florestal de 2 mil hectares. As ações de transferência e soltura foram realizadas em seis dias.
O retorno ao ambiente de origem, em veículos climatizados, ocorreu após reabilitação em Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto em cinco estados: Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
O processo de preparação do retorno dos animais à natureza começa com a chegada dos bichos aos Cetas, onde são tratados de doenças, ferimentos, recebem alimentação e passam por um trabalho de recuperação física e psicológica, pois muitas vezes os animais chegam traumatizados pelos maus-tratos sofridos. É um trabalho que dura o ano inteiro, para se ter ideia, só no estado do Ceará, cerca de 200 animais são devolvidos semanalmente à natureza. De janeiro a novembro deste ano, o CETAS do Ibama no estado recebeu 11 mil animais. Atualmente, há 24 Cetas do Ibama em funcionamento no país. Em 2017, foram devolvidos à natureza 34.764 animais.
*Com informações da Assessoria de Comunicação do Ibama.
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Sabrina Rodrigues
Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020. →
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