Visualizar Seca na Amazônia em um mapa maior
Atualização 13 de setembro
Atualização 10 de Setembro
O transporte de passageiros e alimentos durante à noite no Rio Abunã, em Rondônia, está proibida devido à vazante dos rios na Amazônia. A Capitania dos Portos ameaça também suspender por tempo indeterminado o transporte de veículos pesados pelas balsas, que carregam combustíveis, alimentos e outras mercadorias. Esta medida poderia afetar o abastecimento no interior de Rondônia e no Acre. As informações são da Agência Nacional de Águas. Segundo a ANA, o nível dos rios está próximo ao do registrado durante a seca de 2005. A principal exceção é o Rio Negro, que vem baixando, mas ainda está cerca de 6 metros acima da menor cota registrada. Devido à seca e às queimadas, a Defesa Civil do Amazonas já emitiu alertas para 26 municípios do estado.
Situação dos rios (Fonte ANA)
Rio Juruá
Em Eirunepé, o nível d’água atual está 1,37 m acima da maior vazante registrada em 10/09/1995. Em Gavião, o nível d’água atual está 2,14m acima do valor registrado em 2005, ano da maior vazante.
Rio Purus
Em Rio Branco (AC), o nível do Rio Acre está apenas 23 cm acima da maior vazante registrada, em 14/09/2005. Em Boca do Acre, no Rio Purus, o nível d’água está apenas 55 cm acima da vazante máxima, registrada em 07/10/1998.
Rio Japurá
O nível d’água atual está 2,19 m abaixo do nível registrado na mesma data em 2009.
Rio Negro
Níveis normais para o período.
Rio Solimões/Amazonas
Os níveis d’água continuam com valores abaixo dos registrados nos anos das vazantes máximas em todas as estações monitoradas, exceto Tabatinga, onde o nível atual está 74 cm acima da máxima vazante histórica, que ocorreu em 29/ 09/2005.
Rio Madeira
Em Humaitá, o nível d’água atual está 72 cm acima do valor registrado na mesma data do ano da vazante máxima (1969). Em Porto Velho, o nível d’água atual está 98 cm acima do valor registrado na mesma data do ano da vazante máxima (2005).
Rio Javari
O nível d’água atual está 4,57 m mais baixo que o nível registrado na mesma data do ano 2009.
Atualização 9 de setembro
Manaus – Três prefeituras do Amazonas já decretaram situação de emergência e e pelo menos outras três estão em vias de decretar, devido a estiagem no Sul da Amazônia. As informações são da Associação Amazonense dos Municípios, mas os decretos municipais precisam ser homologados pela Defesa Civil. Estes municípios dependem do acesso pelos rios, que estão em níveis críticos, que impedem a navegação. Alguns já enfrentam problemas de abastecimento e a falta de combustível pode prejudicar o fornecimento de energia elétrica. As áreas mais atingidas são as calhas dos rios Juruá, Madeira e Alto Solimões.
De acordo com a superintendência regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o alto dos rios Solimões e afluentes. Enquanto vilas e comunidades nos altos Juruá, Purus e Madeira são bastante afetados pela vazante, no leito principal do Solimões, o rio ainda está a 4 metros do menor nível registrado. A principal diferença em relação à seca de 2005 é que naquele ano a Bacia do Rio Negro também foi afetada. Este ano, o nível do Rio Negro está dentro do considerado normal. A CPRM vai enviar uma equipe ao Alto Solimões para verificar em loco a situação.
Na Calha do Rio Juruá, fronteira com o Peru, cinco municípios, que somam uma população total de 80 mil pessoas, estão isolados. Mercadorias só chegam a esta região em canoas. Em Itamarati (985 quilômetros de Manaus), o rio Juruá está a 60 centímetros de alcançar o menor nível já registrado, em 2005. A produção de mandioca e melancia está prejudicada. Nos outros municípios, a falta de combustível ameaça o fornecimento de energia elétrica. Em Ipixuna (1380 quilômetros de Manaus), já está faltando gasolina.
Na calha do Rio Madeira, a estiagem prejudica até o senso do IBGE. No município de Borba (150 quilômetros de Manaus), duas mil pessoas de 30 comunidades estão isoladas. Humaitá e Manicoré estão em estado de alerta. No Alto Solimões, o município mais afetado é Benjamin Constant, na fronteira com o Peru, que recentemente enfrentou problemas devido a um vendaval. Os barcos só chegam até o município de Tabatinga, a a partir de lá, as mercadorias são transportadas em balsas. Segundo o prefeito de Benjamin Constant, José Maria Júnior, 28 comunidades, onde vivem 2 mil famílias, estão isoladas no município. Em Atalaia do Norte, município vizinho, a prefeitura anunciou que vai decretar situação de emergência.(Vandré Fonseca)
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