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Sapos são redescobertos no Haiti

Depois de um ano do terremoto que devastou o país, pesquisadores encontram espécies que não eram vistas há duas décadas. 

Redação ((o))eco ·
12 de janeiro de 2011 · 15 anos atrás
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Reserva da Biosfera de Macaya, que abriga diversos anfíbios ameaçados de extinção (foto: Robin Moore, iCLP)
Reserva da Biosfera de Macaya, que abriga diversos anfíbios ameaçados de extinção (foto: Robin Moore, iCLP)
Na semana em que completa um ano o terremoto que devastou o Haiti, cientistas da Conservação Internacional (CI) e do Grupo Especialista em Anfíbios da IUCN (União para a Conservação da Natureza, da sigla em inglês) anunciarm a redescoberta de seis espécies de sapos endêmicos das florestas daquele país. Esses animais não eram observados há já duas décadas.
 
A redescoberta foi feita depois de uma expedição às montanhas remotas no sudoeste do Haiti, em outubro passado, como parte do programa “Em busca de sapos perdidos”, lançado mundialmente pela Conservação Internacional em agosto de 2010. Entre as espécies encontradas estão um sapo assobiador, cujo nome científico - Eleutherodactylus Amadeus - homenageia o compositor Mozart; um sapo escavador com enormes olhos negros e marcações de um laranja vivo nas patas traseiras; um sapo ventríloquo bastante arisco, que tem a habilidade de usar sua voz para confundir potenciais predadores; e um sapo malhado terrestre que tem olhos de cor safira, uma tonalidade muito rara. 
 

Todas já entraram na categoria de espécies criticamente em perigo, o nível mais alto da lista vermelha da IUCN 

O time de pesquisadores, liderado pelo especialista em anfíbios da CI, Robin Moore, em parceria com o professor Blair Hedges, da Universidade do Estado da Pensilvânia, tinha por objetivo procurar a espécie E. glanduliferoides, conhecida como sapo La Selle Grass, que não era visto há mais de 25 anos. A espécie não foi encontrada A expedição também fez uma avaliação da situação de outras 48 espécies nativas de anfíbios do Haiti. A maioria delas tem por hábitat as florestas das montanhas do sudoeste e sudeste do país, que vêm diminuindo a um ritmo acelerado devido ao desmatamento. “Foi inacreditável”, afirmou Moore. “Estávamos procurando uma espécie perdida e acabamos encontrando um verdadeiro tesouro de outras espécies. Isso representa uma boa dose de esperança para as pessoas e a vida silvestre do Haiti”. (com informações da Conservação Internacional)

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