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Reeleição de Barack Obama pode ter impacto na Rio+20

Para o embaixador André Corrêa do Lago, reeleição é mais importante para Conferência do que a vinda do presidente americano ao evento.

Daniele Bragança ·
12 de abril de 2012 · 14 anos atrás
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Negociador-chefe da delegação brasileira para a Rio+20, André Corrêa do Lago, minimizou ontem a possível ausência do presidente Obama na Conferência em junho. foto: Renato Araújo/ABr/2009
Negociador-chefe da delegação brasileira para a Rio+20, André Corrêa do Lago, minimizou ontem a possível ausência do presidente Obama na Conferência em junho. foto: Renato Araújo/ABr/2009

O negociador-chefe da delegação brasileira para a Rio+20, embaixador André Corrêa do Lago, afirmou ontem durante entrevista coletiva realizada no Rio de Janeiro que a reeleição do presidente americano Barack Obama pode ser mais importante para o resultado da conferência da ONU do que a vinda do presidente para o evento, que começa em dia 20 de junho.

“A presença do Obama seria bem-vinda. Mas não há analista que não saiba que o presidente dos EUA tem prioridade em tratar da sua reeleição. A reeleição de Obama pode ter um impacto muito grande. Muito mais impactante para a Rio+20 do que a sua vinda. Um governo que reforça o multilateralismo dará seguimento com mais empenho às decisões da Rio+20”, afirmou.

O negociador-chefe fez referência à atual posição do Canadá para ilustrar como medidas unilaterais podem minar acordos como da Rio+20: “O Canadá está com um governo que não só anunciou sua saída do protocolo de Kyoto como disse que não vai cumprir os compromissos acertados. São questões internas que temos que aceitar. Há governos mais favoráveis ao mutilateralismo do que outros. Não é uma opinião minha, é uma questão muito clara”, afirmou.

Segundo Corrêa do Lago, 100 chefes de Estado ou de Governo já confirmaram presença na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Os nomes das delegações não são confirmados pela ONU por motivo de segurança.

Nesta quinta e sexta-feira, dias 12 e 13 de abril, representantes de 45 países de reúnem no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, para discutir, a portas fechadas, sobre os temas finais da Rio+20. Essas reuniões têm como objetivo amarrar o documento de resoluções da conferência. “A discussão é fechada porque durante as negociações formais os países declaram suas posições e elas são públicas. De portas fechadas, podemos esclarecer melhor as posições e tentar caminhar em busca de um consenso”, afirmou o negociador-chefe.

 
  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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