O Partido Verde (PV) continua a frente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara. Nesta quarta-feira (06), os deputados elegeram por unanimidade o deputado José Luis Penna (PV-São Paulo) para presidir o colegiado. Também conhecido por apenas Penna, ele é o presidente nacional da agremiação.
Substitui Sarney Filho (PV-Maranhão), que comandou a comissão durante o ano passado. De acordo com nota publicada no site do PV, Penna continuará o trabalho iniciado por Sarney Filho: “Manterei o espírito de negociação, buscando o conforto para debates, às vezes tão acirrados, mas buscando o melhor para o futuro do Brasil”.
Também foram eleitos na mesma chapa os deputados Sarney Filho (PV-MA) como 1º vice-presidente, Arnaldo Jordy (PPS-PA) como 2º vice, e Antônio Roberto (PV-MG) como 3º vice.
O novo presidente já marcou a próxima reunião da comissão para a próxima quarta-feira (13). Penna listou as prioridades que devem entrar na pauta da Comissão esse ano: “Aqui discutiremos basicamente os desafios do mundo moderno, como as questões sobre matrizes energéticas, a proteção das nossas águas, e também o desafio de balancear as necessidades do agronegócio com uma legislação que proteja o meio ambiente”, afirmou.
Penna está no PV desde a sua fundação, em 1987. É presidente do Partido Verde desde 1999 e esteve diretamente ligado no episódio da saída da ex-ministra Marina Silva do partido, em 2011.
Em entrevista a ((o))eco, na ocasião da saída de Marina, Alfredo Syrkis (PV-RJ) descreveu o deputado Penna integrante do grupo mais atrasado do partido. Chamou-o de grande centralizador e responsável pelo controle do partido, cuja concentração de poder Marina queria modificar. Segundo Syrkis:
“A maioria bastante folgada que o Penna tem na Executiva Nacional provém de acordos de natureza clientelista interna que ele faz com pessoas que passam a ser responsáveis pelo partido em determinados estados. Em alguns casos são políticos absolutamente convencionais que, além disso, têm alianças com segmentos que são completamente avessos ao ideário do partido. Exemplos disso ocorrem em Rondônia, onde havia um conluio com o Ivo Cassol (senador pelo PP-RO); no Amazonas, onde existe um conluio de longa data com o Amazonino Mendes (senador pelo PTB-AM), e no Mato Grosso, onde havia conluio com o Blairo Maggi (senador pelo PR-MT), além de Brasília, que tinha conluio com o José Roberto Arruda (ex-governador do DF pelo DEM)”.
Além da Comissão de Meio Ambiente, mais 8 comissões elegeram seus presidentes hoje.
Leia também
Supressão de área verde para construção de complexo viário gera conflito entre Prefeitura e sociedade civil em São Paulo
Obras levariam à derrubada de 172 árvores no canteiro central da avenida Sena Madureira; municipalidade recorreu de liminar do MP-SP que mantém operação paralisada →
Mato Grosso aprova norma que limita criação de Unidades de Conservação no estado
Pelo projeto, só poderão ser criadas novas áreas protegidas após a regularização fundiária de 80% das já existentes. Organizações criticam decisão →
Garimpos ilegais de ouro podem emitir 3,5 toneladas de carbono por hectare e concentrar mercúrio no solo
Pesquisadores da USP e colaboradores analisaram amostras de áreas de mineração em quatro biomas, incluindo Amazônia →