Pelo menos 110 guardas-parques foram assassinados em 2016 no mundo inteiro. De ataques de animais silvestres a mortes por minas terrestres, os números demonstram que a função é arriscada no mundo inteiro. Mas, um dado particularmente preocupante é que, pelo menos, 25 guardas-parques foram assassinados por caçadores ilegais e por contrabandistas de madeira, a maior parte na África e na Ásia. Ser baleado e empurrado de um penhasco, levar golpes de machado até a morte e ter o seu helicóptero abatido por caçadores é como os guardas-florestais estão sendo eliminados. A maioria é assassinada a tiros. E a matança continua. Essa situação alarmante é apontada num artigo para o The New York Times do vice-presidente da Wildlife Conservation Society, Joe Walston, que identifica a precariedade e os riscos a que são submetidos os guardas-florestais. Segundo Walston, os guardas são mal remunerados e além disso, não possuem equipamentos necessários para se defender. Walston diz ainda que governos e grupos ambientalistas devem trabalhar arduamente para reverter essa situação fornecendo melhor treinamento, financiamento, prestígio e respeito a esses profissionais. Hoje, o maior risco vem de criminosos organizados e bem armados envolvidos no contrabando de madeira. Só no ano passado, segundo o Global Witness, 185 indígenas, ativistas e guardas-florestais foram mortos no mundo inteiro, um aumento de 59 por cento em relação a 2014 e o maior desde que o grupo começou a compilar esses dados, em 2002. Para Joe Walston, a solução final seria retirar o lucro da caça furtiva e os recursos do contrabando.
Fonte original: The New York Times
Leia também
Entrando no Clima #30 – Um negacionista no comando dos EUA, e agora?
Podcast de ((o))eco repercute a vitória de Donald Trump para a presidência norte americana e seus significados para a agenda climática global →
Influenciadas pelo controle do desmatamento, emissões brasileiras caem 12% em 2023
Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas de CO2 equivalente em 2023, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo SEEG →
Um apelo em nome das mais de 46 mil espécies ameaçadas de extinção no planeta
“Salvar as espécies sustenta a vida no planeta”, declaram especialistas que reforçam a urgência de soluções interligadas para crise do clima, da biodiversidade e o bem-estar humano →
Triste. Lutar pela vida se tornou atividade arriscada..uma vergonha parta a humanidade!