Faleceu na madrugada de segunda-feira (19) o fotógrafo Paulo Roberto Jares Martins, aos 51 anos, famoso por registrar como poucos os conflitos indígenas, as histórias da Amazônia e suas florestas. A causa da morte não foi divulgada. Jares deixa uma filha.
Nascido em 04 de janeiro de 1968, Jares, como era conhecido, era filho do jornalista Roberto Jares Martins. Logo cedo Jares traçou o seu próprio caminho e em 1986 iniciou a sua carreira no jornal Província do Pará onde trabalhou até 1989, ano em realizou o icônico registro da Índia Tuíra, que encostou um facão ao então diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, durante o 1º Encontro das Nações Indígenas do Xingu, em Altamira (PA), em protesto contra a criação da hidrelétrica de Kakaraó, atual Belo Monte.
Paulo Jares também passou pela revista Veja onde trabalhou de 1989 a 2000 e no Jornal do Brasil (2002). Também atuou com exposições, como a Galeria Theodoro Braga (1998), localizada em Belém (PA), no Museu da República (2000), no Rio de Janeiro e na Galeria de Arte IBEU Copacabana (2001), também no Rio de Janeiro.
O seu trabalho atravessou fronteiras indo parar nas principais revistas do mundo como revistas Time, L‘Observateur Magazine, Illustrated Sport e Forbes.
Por onde passou, Jares deixou um talento próprio e muitos amigos, os quais lamentam profundamente a sua ida como o renomado jornalista Lúcio Flávio Pinto que em seu blog homenageou Jares: “Registro, ainda atordoado pela má notícia, a morte, ontem, no Rio de Janeiro, de Paulo Jares Martins, meu jovem amigo, quase como um sobrinho, filho de Roberto Jares Martins, querido amigo, que também se foi. Nascido em 1968, o ano que não terminou, Paulo criou seu próprio caminho e fez um nome profissionalmente respeitado e admirado, com dificuldade, competência e sensibilidade”, lamentou Flávio Pinto.
Paulo Jares faleceu no Rio de Janeiro, onde morava, e o seu sepultamento ocorreu no cemitério São João Batista, em Botafogo.
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