Começou nesta segunda-feira (22), na cidade de Wuhan, China, a 8ª Conferência Ministerial sobre Ação Climática (MoCA), reunião de alto nível que reúne ministros do G20 e presidentes de grupos-chave nas negociações climáticas da ONU e tem o objetivo de apoiar a implementação do Acordo de Paris.
Este ano, a pauta central das discussões da MoCA será o cenário de incerteza política e a fragilidade do processo multilateral das negociações climáticas, impactado pelo avanço da extrema direita no parlamento europeu e pelo possível retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Também estão na pauta o fracasso nas negociações da pré-COP, realizada em Bonn em junho, que não conseguiu avançar na questão do financiamento climático, e também a apresentação das novas metas de redução de emissões, que devem ser divulgadas pelos países até fevereiro de 2025.
“A criação da MoCA foi uma história de resiliência e liderança que é urgentemente necessária agora. O processo climático global corre o risco de enfrentar um crescente déficit de multilateralismo e ambição, em meio a desafios econômicos generalizados e conflitos regionais contínuos. Eleições, incluindo as recentemente concluídas na Europa e as futuras nos EUA, apenas aumentam a incerteza política”, disse Yao Zhe, consultor de políticas globais do Greenpeace na Ásia Oriental.
Leia também
A natureza como aliada na reconstrução gaúcha
Manter e recuperar áreas verdes estratégicas e fortalecer leis ambientais protegeriam o Rio Grande do Sul contra novas tragédias →
Crise climática pode reduzir drasticamente o nascimento de tubarões
Experimento científico revela que efeitos do aquecimento e acidificação do oceano poderá resultar num declínio de 81% para 11% na sobrevivência de embriões de tubarão até 2100 →
A bala que raspou em Trump pode acertar em cheio a luta contra a crise climática
Novo episódio de Entrando no Clima traça paralelo entre eleições americanas e negociações climáticas internacionais; G20 também é pauta do podcast de ((o))eco →