O Rio de Janeiro contabiliza uma estatística vergonhosa. Até agora, foram mortos 325 macacos em todo o estado, e desse total, mais de 50 por centro apresentavam indícios de agressão humana. Para combater a mortandade dos animais vítimas de envenenamento, apedrejamento ou até por tiros, a Vigilância Sanitária lançou, nesta quarta-feira (21), a campanha “O macaco não é só vítima, mas um grande aliado no combate à febre amarela”. A campanha foi lançada no Parque da Catacumba, na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro.
Placas, cartazes e folhetos serão espalhados pela cidade e distribuídos à população. O objetivo é evitar que mais animais sejam assassinados por causa da crença infundada de que eles transmitem a febre amarela. Eles não são.
Os primatas são picados pelo mesmo mosquito que pode infectar os humanos e a sua morte indica que o vírus da febre amarela está circulando em uma determinada região. Os primatas são os nossos sentinelas.
Além de ser um atentado à saúde pública, já que sem o aviso dado pelo macaco, seria muito mais difícil fazer o diagnóstico da doença, o que pode ser fatal para a vítima picada, matar animais silvestre é crime, com pena de até um ano de prisão e multa.
*Editado às 16h58 de 22/02/2018.
*Foto editada em 24/02/2018 às 11h14min
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A espécie escolhida para ilustrar a matéria (Leontopithecus chrysomelas – mico leão da cara dourada), sequer existe no RJ. Novamente, fica demonstrado que a velocidade/agilidade das mídias digitais venho acompanhada da falta de zelo/checagem das informações…
kkkkk É verdade
Bandidagem corre solto. Que dificuldade de entender os fatos.