Salada Verde

Grupo cobre embaixada brasileira de vermelho em protesto contra política ambiental atual

Ativistas do Extinction Rebellion protestaram contra desmatamento e em favor das comunidades indígenas na embaixada do Brasil em Londres

Sabrina Rodrigues ·
13 de agosto de 2019 · 5 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
A Embaixada Brasileira em Londres amanheceu coberta de tinta vermelha na segunda-feira (12). Foto: Terry Mathews.

A Embaixada brasileira em Londres amanheceu nesta terça-feira (13) coberta de tinta vermelha com marcas de mãos e com os dizeres: “No More Indigenous Blood” (Chega de sangue indígena, em tradução livre) e Not Him (Ele não). As mensagens são do grupo de ativistas Extinction Rebellion, que protestaram contra a política ambiental do governo Jair Bolsonaro. O protesto teve o total de 26 participantes e acabou com 6 membros presos.

Os manifestantes se penduraram no prédio da Embaixada, dois ativistas do grupo subiram em uma estrutura de vidro acima da entrada, e outros dois se posicionaram nas janelas do prédio. A manifestação impediu que os funcionários da Embaixada entrassem no prédio para trabalhar.

Em nota, o Itamaraty afirma que “direito de protestar é assegurado em democracias como o Brasil e o Reino Unido. Já o direito de vandalizar, esse não existe em país algum”. 

Os ativistas entregaram uma carta à embaixada exigindo que o governo brasileiro promulgue as demandas feitas por grupos indígenas reunidos em Brasília no Acampamento Terra Livre de 2019. A carta sugere que, caso não recebam uma resposta e vissem ações concretas, a Extinction Rebellion colaboraria com outros grupos para iniciar um boicote internacional de empresas brasileiras.

Marcha das Mulheres Indígenas

O protesto coincidiu com a 1ª marcha de mulheres indígenas que aconteceu no mesmo dia em Brasília. Sob o lema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, as manifestantes protestaram contra a municipalização da saúde indígena, contra a chefe da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), Silvia Waiãpi e contra invasões ocorridas em territórios indígenas.

O grupo Extinction Rebellion é conhecido por lutar contra a mudança climática, perda da biodiversidade e em prol da proteção ambiental. Em novembro de 2018, eles realizaram uma “grande festa queer” do lado de fora do prédio para protestar contra a homofobia aberta de Bolsonaro e as ameaças de industrializar a Amazônia. Em abril, foi a vez do “Carnaval do Caos” fora da Embaixada para destacar os danos causados ​​às florestas tropicais. O grupo promete mais protestos contra o governo brasileiro.

 

 

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  • Sabrina Rodrigues

    Repórter especializada na cobertura diária de política ambiental. Escreveu para o site ((o)) eco de 2015 a 2020.

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Comentários 6

  1. Flávio Jr. diz:

    Quais seriam esses interesses geopolíticos, meu caro amigo?


    1. Flávio diz:

      Pode começar por exemplo com países como França, Alemanha e Noruega e a própria UEE nas negociações que estruturarão o Acordo econômico com o Mercosul. Não lhe parece estranho o silencio na ERa Petista e o recrudescimento do ativismo ambiental como barreira comercial? O outro ator importante é a ONU, cuja guinada do Brasil à direita compromete seu projeto de governança global onde a questão ambiental é a cunha para enfraquecer as soberanias nacionais. Lembre-se que a realização da ECO-92 foi relacionada à pressão do FMI à época. Observe que até a China está impondo condições ambientais ao Brasil.
      É um assunto complexo e como as pessoas possuem cada vez menos autonomia intelectual e de cidadania, o apoio a projetos totalitários, mesmo pintados de verde, são o suficiente para as mobilizações e manutenção da histeria ambientoloide, muito diferente dos pressupostos de desenvolvimento sustentável que vêm sendo deformado ao longo dos anos como ação radical antropofóbica por excelência.
      De qualquer forma procurando fontes mais independentes, há farto material disponível, mas têm que sair da matrix 😉


      1. Neo diz:

        E você, um homem fora da matrix, com muita autonomia intelectual e cidadã fica imune a histeria e teorias conspiratórias globalistas e vem nos inundar aqui com sua infinita sabedoria independente.

        Obrigado, mestre!


        1. Flávio diz:

          Meu amigo, o que define histeria e teorias conspiratórias é sua capacidade sensível e intelectual de analisar os fatos. Por exemplo, há um exercito de zumbis que acreditam no aquecimento global antropogênico é um fato é que o ser humano será capaz de controlar o clima em frações decimais de graus. mesmo havendo provas de que o clima da Terra não é um sistema fechado onde o Sol determina eventos como o Minumum de Maunder ou que Los Níños sofrem influencia do calor magmático e oscilações gravitacionais da Lua e do próprio planeta em seu processo translacional.
          Observe que os negacionistas são tratados como os loucos, mesmo havendo o incremento dos invernos no hemisfério Norte por conta da redução da atividade solar com espectativa para os próximos 50 anos. E olha que a zumbilandia já começa a aceitar que os vortex polares estão mais intensos porque está quente, isto é, está mais frio porque está mais quente…
          Bom, como disse, há farto material disponivel e você podeselecionar aqueles que irão compor sua percepção de realidade!!! 😉


  2. Flávio diz:

    Há um esforço gigantesco da esquerda mundial que instrumentalizou o ambientalismo para atender grandes interesses geopolíticos que inclui de interesses econômicos de países e megacorporações à zumbilandia politicamente correta.
    Uma das mostras mais candentes do cinismo progressista que confirma a indignação seletiva colocada por Ricardo, é por exemplo a constatação de que a taxa de suicidios em indigenas em 2018 era 3 vezes a nacional para cada 100 mil habitantes.


  3. Ricardo diz:

    Indignação seletiva e cegueira de uns tontos