Quase um ano depois da exclusão das 11 Coordenações Regionais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da instituição, em seu lugar, de cinco Gerências Regionais (GRs), o quartel-general do ministro Ricardo Salles em São Paulo cedeu território aos fluminenses. Para os de memória curta: junto com o estabelecimento das GRs, em maio de 2020, a sede do ICMBio na região – historicamente localizada na cidade do Rio de Janeiro – foi transferida para a capital paulista, sem justificativas do Ministério e sob fortes críticas dos servidores, que apontavam a localização estratégica da sede carioca. Desde então teve início uma queda de braço que resultou. Em agosto, num primeiro recuo, o ICMBio reconheceu a sede do Rio como uma base avançada. Nesta terça-feira (02), passou a borracha na Portaria das GRs e reestabeleceu o Rio de Janeiro como sede da Gerência Regional do ICMBio no Sudeste.
A justificativa dos servidores para a permanência no Rio de Janeiro é matemática: enquanto na região metropolitana do Rio existem 8 unidades de conservação federais – como o Parque Nacional da Tijuca, o mais visitado do país –, na região metropolitana paulista existe apenas uma, a Área de Proteção Ambiental Rio Paraíba do Sul.
*Foto em destaque: Duda Menegassi
Leia também
Leia também

Servidores denunciam mudança de sede regional do ICMBio do Rio para São Paulo
Para a Asibama, a única explicação para a mudança na sede é o fato do presidente e diretores do ICMBio serem de São Paulo. Servidores pedem que MPF investigue caso →

Transição energética entra de forma discreta na terceira carta da Presidência da COP30
À comunidade internacional, André Corrêa do Lago delineia o que ele espera que seja alcançado nas negociações preparatórias de Bonn →

Que semana, hein?
Apesar das batalhas perdidas e dos ciclos que se fecham, a luta ambiental tem que seguir →
Apesar de estar escrito "exclusão" no texto, as 11 coordenações viraram 5 gerências e o resto virou base avançada. Na prática não mudou nada.