A Amazônia terá a maior trilha estruturada e continuamente sinalizada da América Latina. Essa é a promessa da Trilha Amazônia Atlântica, que vai unir 13 áreas protegidas no Pará, entre Belém e a Serra do Piriá, em Viseu, na divisa com o Maranhão. A rota será inaugurada na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada na capital paraense em novembro deste ano. O percurso de 468 km de extensão pode ser feito de bicicleta ou a pé, e atravessa sete unidades de conservação e seis territórios quilombolas.
A expectativa é que a novidade seja um dos destaques da COP 30, mostrando o potencial do ecoturismo e da conservação como aliados no enfrentamento da crise climática.
O projeto é resultado do trabalho conjunto entre comunidades tradicionais, voluntários, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Ministério do Turismo, a Embratur, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio) e a Conservação Internacional (CI).
A trilha de longo curso contará com sinalização no padrão de pegadas amarelas e pretas da Rede Brasileira de Trilhas, além de site e aplicativo próprios. O site traz informações sobre o percurso e uma lista de comunitários, pequenos empresários e outros prestadores de serviço de apoio ao trilheiro, como hospedagem e alimentação.
Entre os dias 15 a 17 de setembro de 2025, a cidade de Belém vai receber ainda o 1º Congresso Paraense de Trilhas, que reunirá comunitários, prestadores de serviço, servidores públicos, autônomos, ONGs e voluntários de todo o Brasil. O evento irá apresentar a Trilha Amazônica e debater questões de conservação, educação ambiental e desenvolvimento local.




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