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Mineração ameaça um peixe recém identificado na Bacia do Rio Tapajós

Espécie vive apenas em igarapés com águas limpas e puras que podem ser poluídas pela extração de bauxita, em região do Pará

Aldem Bourscheit ·
18 de maio de 2023 · 2 anos atrás
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

Com traços que lembram aviões capazes de velocidades supersônicas, uma nova espécie de cascudo-graveto foi descoberta pela Ciência em igarapés no município de Juruti, na Bacia do Rio Tapajós, no oeste do Pará. O estudo comprovando o achado foi publicado na revista Neotropical Ichthyology.

Todavia, cada vez mais comum, o novo membro da riqueza natural do país é ameaçado. Conforme os cientistas que a revelaram, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Museu Paraense Emílio Goeldi, a região onde vive a espécie é deteriorada “por um grande projeto de extração de bauxita”.

A Aluminum Company of America (Alcoa) extrai o mineral na localidade desde 2009. A bauxita é usada sobretudo na produção de alumínio, mas serve igualmente para outros itens, como abrasivos, refratários, químicos e certos tipos de cimento.

“Apesar da Amazônia ser a região mais rica em diversidade de peixes do planeta, muitas dessas espécies ainda não são conhecidas pela ciência e podem ser extintas antes mesmo de serem descobertas”, explicou à Agência Bori a pesquisadora e co-autora do artigo Manuela Dopazo, da UFRJ.

O igarapé Rio Branco é uma das moradas do Farlowella wuyjugu. Foto: Divulgação/Neotropical Ichthyology
  • Aldem Bourscheit

    Jornalista cobrindo há mais de duas décadas temas como Conservação da Natureza, Crimes contra a Vida Selvagem, Ciência, Agron...

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Comentários 1

  1. Carlos diz:

    Isso é o cari cipó, muito comum na baia do Marajó