Um despacho, assinado pelo presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, encaminhado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe uma série de ações e solicita indicação de um servidor especializado para participar das reuniões do Conselho. Além de propor controlar a atuação de Organizações Não-Governamentais na Amazônia, o colegiado propõe uma reestruturação em órgãos de combate aos ilícitos ambientais, como Ibama, ICMBio, Funai e Incra, que incluiria “renovação da estrutura de pessoal, logística, orçamentária (e doutrinária, se for o caso)”.
O governo não especifica o que seria renovação doutrinária. Em todo caso, a conduta da política ambiental na Amazônia está na mãos dos militares, e não dos órgãos civis de Meio Ambiente.
No mesmo documento do Conselho Nacional da Amazônia Legal, há a proposta de ativar um “Gabinete de Prevenção e Combate ao Desmatamento e às Queimadas”, coordenado pelo general Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República – GSI/PR. Ainda segundo o despacho, o gabinete tem o “objetivo de promover o acionamento das operações interagências de Inteligência (SISBIN), a integração de sistemas de sensoriamento e imagens, a ativação dos centros de Comando e Controle avançados em Belém e Manaus e a identificação das necessidades de operação de GLO”. (Daniele Bragança)
Leia Também
Da janela do avião, Mourão “verifica” que floresta não está queimando
Leia também
Da janela do avião, Mourão “verifica” que floresta não está queimando
Vice-presidente sobrevoou áreas de Rondônia onde o satélite do Ministério da Defesa havia apontado focos de calor e negou existência de queimadas, culpando as altas temperaturas →
Desmatamento zero para quem? Brasil não é claro em proposta apresentada na COP29
Representantes do governo brasileiro reforçam em Baku a promessa de Lula de acabar com desmatamento, sem dizer se a supressão legal entra na conta →
Entrando no Clima#32 – Brasil estreia na COP espalhando dúvidas no ar
No episódio 32 do podcast, a correspondente de ((o))eco na COP do Clima traz mais informações sobre a estreia da delegação brasileira em Baku →
A esfera federal conta com boa estrutura e quadros capacitados.
São necessários novos concursos, retorno aos orçamentos anuais de 10 anos atrás e apoio político às instituições.
Quem é esclarecido sabe honestamente que as atuais políticas de governo convergem para o enfraquecimento e contenção das ações socioambientais. Isso é ilegal, imoral e corrói os ecossistemas, a sustentabilidade e o presente e futuro do País.
O Ibama já tem, em si, o seu papel na administração ambiental. É preciso, apenas, que este instituto tenha as condições mínimas para atuar e que não sofra sabotagens, como vem sofrendo. Esta estória de renovação doutrinária é a própria mediocridade que domina o governo e a visão envelhecida dos militares. A Amazônia é patrimônio mundial sim. o mundo e o Brasil precisam dela. Num futuro próximo, precisaremos compartilhar água e oxigênio… O egoísmo chifrin que nos assoma não terá lugar no mundo de amanhã.
Por renovação doutrinaria ele deve entender como a imposição da disciplina militar em órgão civil. É isso, senhor? Sim, senhor?!!!
Ibama, Icmbios, Incra… Não funcionam, são órgãos comandados pela política irresponsável existente.
Não fale do que não conhece. Agora, que a política atual quer destruí-los, isso sim, é verdade.
Nossa, quanta bobagem nestes comentários. Provavelmente nenhum é morador da Amazônia. A realidade dos problemas e a solução deles passam bem longe daquilo que li de vcs.
Infelizmente, o Brasil tá cheio de bobo que engole tudo que a imprensa publica.
Parabéns Mourão, gel Heleno e principalmente Ricardo Sales que é o único que chegou mais perto de conter o desmatamento a custos ínfimos.
A solução apresentada por ele é a de que vcs que residem fora da Amazônia e países que defendem a preservação da Amazônia possam agora, por meio direto, depositar seu próprio dinheiro aos proprietários de terras para que os mesmos as conservem em mata, cuidando inclusive da posse da mesma e contendo fogos e incêndios.
Olha que coisa boa, agora, vc que adora falar de Amazônia poderá tbém fazer por ela.
Levem essa idéia adiante pq terra q não produz, não mata a fome de ninguém, principalmente de seus proprietários.
As medidas corretas são fortalecimento dos órgãos ambientais. Admitindo novos servidores p compor seus quadros. Qualifica-los. Ter maior efetivação na questão dos Autos de Infrações. Militarizar (doutrinar?) os órgãos ambientais p quê?
Podemos ter apoio das forças armadas p proteção dessa imensa área. Mais quem tem poder de autuação baseados em kaudos técnicos são servidores q integram órgãos ambientais. (Biólogos, Engenheiros Florestais, Geografia, etc.)
O que o vice presidente está fazendo chama-se empurrar com a barriga. Cria-se várias polêmicas e fantasias e quando a população se der conta já se passaram quatro anos e grileiros encheram as burras de dinheiro negociando terras públicas, madeireiros já devastaram milhares de Maracanãs de floresta e garimpeiros já deixaram as TI's como a superfície luar.
O paraíso do crime organizado é a amazônia. O lucro é astronômico e a fiscalização é nula. Os governantes se aliam aos criminosos, quando se omitem ou pior, quando lhes defendem. Sem contar quando se associam e lhes financiam.
isso foi o que o luladrao e a dilmanta fizeram durante o período que destruíram nossa nação.
Negacionista das mudanças climáticas, simpatizante dos garimpeiros e defensor da visão ultrapassada da ditadura sobre o desenvolvimento da região Norte, o general Heleno já se mostrou desqualificado para qualquer função de proteção da amazônia. É deixar uma raposa tomando conta do galinheiro.
Por renova ao doutrinaria e deve entender como a imposição da disciplina militar em órgão civil. É isso, senhor?
Simples, aplicar a lei, nada mais.
Ou o sr. vice Presidente, pretende o quê ?