Um despacho, assinado pelo presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, encaminhado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, propõe uma série de ações e solicita indicação de um servidor especializado para participar das reuniões do Conselho. Além de propor controlar a atuação de Organizações Não-Governamentais na Amazônia, o colegiado propõe uma reestruturação em órgãos de combate aos ilícitos ambientais, como Ibama, ICMBio, Funai e Incra, que incluiria “renovação da estrutura de pessoal, logística, orçamentária (e doutrinária, se for o caso)”.
O governo não especifica o que seria renovação doutrinária. Em todo caso, a conduta da política ambiental na Amazônia está na mãos dos militares, e não dos órgãos civis de Meio Ambiente.
No mesmo documento do Conselho Nacional da Amazônia Legal, há a proposta de ativar um “Gabinete de Prevenção e Combate ao Desmatamento e às Queimadas”, coordenado pelo general Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República – GSI/PR. Ainda segundo o despacho, o gabinete tem o “objetivo de promover o acionamento das operações interagências de Inteligência (SISBIN), a integração de sistemas de sensoriamento e imagens, a ativação dos centros de Comando e Controle avançados em Belém e Manaus e a identificação das necessidades de operação de GLO”. (Daniele Bragança)
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