Um novo orçamento para conservação da biodiversidade mundial foi aprovado esta semana na sétima assembleia do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, sigla em Inglês), em Vancouver (Canadá).
ONGs internacionais lembram que faltam ao menos US$ 40 milhões para que o fundo entre em operação este ano, reforçando aportes iniciais anunciados somando US$ 160 milhões.
Mais repasses podem vir de Japão e Estados Unidos, filantropia e setor privado. Os R$ 200 milhões mínimos para operação equivalem hoje a quase R$ 1 bilhão e são exigidos pelo administrador do fundo, o Banco Mundial.
Parte dos recursos ajudará especialmente indígenas, países em desenvolvimento e pequenos estados insulares, alvos de severas perdas de biodiversidade e de efeitos negativos da crise climática.
As metas para reverter as perdas massivas de biodiversidade mundial foram atualizadas no fim de 2022 e devem ser cumpridas até 2030. Até lá, a assembleia do GEF deve se reunir apenas mais uma vez.
O acordo prevê levantar até US$ 30 bilhões anuais para resguardar 30% do planeta. Entidades civis destacam que a lacuna real para proteção da biodiversidade seria de US$ 700 bilhões, cerca de R$ 3,65 trilhões.
*Com informações da Avaaz, GEF, Deutsche Welle e Conservation International.
Leia também
Aprovadas esta semana diretrizes de novo fundo do marco global da biodiversidade
Decisão abre alas para que a base de financiamentos seja adotada na próxima assembleia do GEF, em agosto, no Canadá →
US$ 90 milhões de fundo global para proteger a biodiversidade no Brasil
Recursos foram confirmados esta semana em Brasília, durante o primeiro grande encontro da área ambiental no novo governo →
Com acordo político, 1ª parte da Conferência da ONU sobre Biodiversidade chega ao fim na China
Mais de 100 países assinaram Declaração de Kunming, se comprometendo politicamente a preservar a biodiversidade do planeta →