O Parlamento Europeu aprovou esta semana o adiamento por um ano, para a partir de janeiro de 2026, da entrada em vigor do “acordo verde” que barraria importações ligadas ao desmatamento legal e criminoso de florestas pelos países do bloco.
A prorrogação teve 371 votos favoráveis e 240 contrários. Houve 30 abstenções.
Conforme ONGs, o lobby de grupos de extrema direita enfraqueceu ainda mais a normativa aprovando emendas como a que criou uma lista de países “sem risco”, onde empresas estão praticamente isentas de checar se suas compras são fontes de desmatamento.
As decisões mantêm desprotegidas regiões no mundo todo, como a quase totalidade da Amazônia sul-americana e porções de outros biomas igualmente enquadradas como florestas pelas Nações Unidas.
Entidades civis globais agora pressionam pela derrubada do adiamento e das emendas pela alemã Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
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