A Polícia Federal e o Ibama investigam pessoas pela captura e comércio ilegal do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) no estado do Rio de Janeiro, único local onde o animal vive livre na natureza. Quantidade e nomes dos acusados não são divulgados nas apurações. Ao menos um deles cometeria crimes ambientais desde 2001.
O processo integra a Operação Anhangá, disparada na última sexta (1º), quando agentes federais passaram a monitorar eletronicamente suspeitos e cumpriram mandados de busca e apreensão em Magé (RJ), tudo autorizado pela 2ª Vara Federal de Niterói. Na mitologia brasileira, Anhangá é um espírito que protege matas, rios e animais selvagens.
Agora, os acusados responderão pelos crimes de caça e transporte, por maltratar e manter animais silvestres em cativeiro. As penas podem aumentar porque os delitos envolvem uma espécie ameaçada de extinção e ocorreram à noite, destaca a nota da Polícia Federal.
As devassas policiais começaram em novembro passado, quando denúncias indicaram que armadilhas eram usadas para capturar micos na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João, em municípios fluminenses como Rio Bonito, Silva Jardim e Casimiro de Abreu.
Estampado na nota de R$ 20, o mico-leão-dourado é um ícone da fauna brasileira cujos números são recuperados desde os anos 1970, quando apenas 200 animais sobreviviam ao desmatamento, doenças e à caça. Em 2023, a população no estado do Rio de Janeiro chegou a 4,8 mil, conforme a Associação Mico Leão Dourado (AMLD).
Todavia, junto à recuperação populacional podem ter retornado ameaças pretéritas à conservação do mico-leão-dourado. Espécimes traficados foram flagrados no último ano em regiões brasileiras e países como Suriname (América do Sul) e Togo (África), como mostrou ((o))eco.
Em julho de 2021, a fiscalização ambiental da Prefeitura de Cabo Frio (RJ) flagrou 2 armadilhas para a espécie no entorno do Parque Natural Municipal do Mico-leão-dourado, criado em 1997. No momento da apreensão, não havia ninguém no local para ser autuado, descreve notícia do órgão municipal.
Com informações da Polícia Federal, Agência Brasil e Prefeitura de Cabo Frio (RJ).
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Não é tão difícil pegar quem captura esses micos sem autorização, porém é imprescindível deixar as armadilhas no mesmo lugar e montar armadiohamento fotográfico escondido.
Aldem, é chover no molhado! É sabido pela imprensa, gestores, caçadores, garimpeiros, desmatadores, amantes da natureza, que as ações pulverizadas tem sem valor estanque! Mas, sua capilaridade é efêmera! O próprio nome define. Vamos repetir! Também não tenho pretensão de ensina-los a trabalhar. Neste tocante, a sacada mínima seria numa escala 365 dias por 24 horas durante uma década. Mas, estratégia e dinheiro não serão suficientes. Seria necessários instrumentalização outras! Reitero não tenho pretensão de ensina-los a trabalhar! Everybody sacou?