Nesta segunda-feira (03), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, compareceu à reunião extraordinária da Câmara dos Deputados para falar sobre a redução do orçamento do ministério e a aplicação dos recursos no combate ao desmatamento. Salles abriu sua fala com a acusação de que o grande corte de orçamento na verdade ocorreu entre 2014 e 2015, ainda no governo Dilma, quando caiu de R$9 bilhões para R$4,5 bilhões. Para 2021, o orçamento do ministério é de R$2,9 bilhões, o menor nos últimos 21 anos.
Em seguida, o ministro acusa o próprio parlamento pelo baixo orçamento e comenta que os deputados destinaram apenas 96 emendas parlamentares ao Ministério do Meio Ambiente, que acrescentam um valor de R$62 milhões nos cofres da pasta. O que o ministro parece esquecer – fortuitamente – é que seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro, vetou R$239,8 milhões em emendas destinadas ao ministério.
“Uma parte da composição orçamentária do Ministério do Meio Ambiente poderia ser feita por muitos do que acusam o governo federal – de maneira equivocada como eu já mostrei aqui, que vem desde 2014 a fragilização orçamentária – mas muitos daqueles que acusam o governo federal de ter fragilizado o orçamento, eles próprios não destinaram emendas para o orçamento na área do Meio Ambiente. Destinaram para outras pastas”, acrescentou Salles.
A reunião extraordinária na Câmara teve início às 13 horas desta segunda-feira (03) e ainda está em andamento. A sessão pode ser acompanhada online. Além do orçamento e do combate ao desmatamento e queimadas, Salles também discute o licenciamento ambiental.
*Em destaque: TV Câmara/Reprodução
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