O desembargador Antonio Celso Aguilar Cortez, da 10ª Câmara de Direito Público Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), determinou a quebra de sigilo fiscal e bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que é foco de um inquérito que o investiga por suspeita de enriquecimento ilícito.
Segundo as investigações conduzidas pelo promotor Ricardo Manoel Castro, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, o patrimônio de Salles teria passado de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões entre 2012 e 2018.
Ricardo Salles, antes de ocupar o cargo de ministro do Meio Ambiente, já havia sido condenado, em dezembro de 2018, por improbidade administrativa, por fraude em plano de manejo. Segundo sentença do juiz Fausto José Martins Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Salles favoreceu empresas de mineração e filiadas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao alterar mapas de zoneamento do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê (APAVRT) quando era secretário de Meio Ambiente de São Paulo.
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O que se pode esperar desse sujeito que assume o papel de ministro do meio ambiente para defender mineradoras e os empresários do agronegócio.