“A guerra contra o carvão acabou”, declarou o chefe da Agência Ambiental Americana (EPA, sigla em inglês para United States Environmental Protection Agency), Scott Pruitt, em Kentucky, o estado do carvão. Scott disse, ontem (09), que assinará uma nova regra que substituirá o Plano de Energia Limpa do governo Obama para limitar as emissões de carbono das usinas de carvão.
As previsões são de que Pruitt declare que a regra estabelecida pelo governo Obama ultrapassou a lei federal, estabelecendo padrões de emissões que as usinas não seriam capazes de atender.
“A EPA e nenhuma agência federal devem usar sua autoridade para dizer: vamos declarar a guerra em qualquer setor de nossa economia”, também declarou Scott Pruitt.
O Plano de Energia Limpa foi apresentado ao Senado americano em 2015, pelo então presidente Barack Obama. O objetivo do plano é regular a quantidade de gás carbônico (CO2) que o setor de eletricidade pode emitir, essencialmente por meio do controle da poluição das usinas termelétricas movidas a carvão mineral.
O plano de Obama foi projetado para reduzir as emissões de dióxido de carbono dos EUA para 32% abaixo dos níveis de 2005 até 2030. A regra determinou metas de emissão específicas para os estados com base em emissões de usinas e deu aos deputados ampla liberdade para decidir como conseguir reduções.
Donald Trump prometeu acabar com o plano de energia limpa durante a campanha de 2016 e o atual administrador da agência compartilha do mesmo pensamento do presidente republicano, ou seja, ambos são céticos no que diz respeito às questões ambientais e mudanças climáticas e aliados das indústrias petroleiras. Quando era Procurador-Geral eleito pelo estado de Oklahoma, Pruitt figurou na lista dos Procuradores-Gerais que processaram a EPA para impedir os esforços de Barack Obama em limitar as emissões de carbono.
A EPA foi criada em 1970 com o objetivo de proteger a saúde humana e o meio ambiente e foi a instituição que o ex-presidente Barack Obama usou para impôr a redução das emissões de carbono, principalmente para as usinas elétricas e automóveis. A EPA está sob a chefia de Scott Pruitt desde abril deste ano.
Grupos ambientais e defensores da saúde pública classificaram a decisão como retrocesso e entendem que Trump está ignorando o custo mortal da poluição e os empregos gerados pela energia limpa.
Leia Também
Trump quer lançar programa para questionar mudança climática
Trump adotará medidas para desmantelar agência ambiental americana
Leia também
Trump adotará medidas para desmantelar agência ambiental americana
Agência de Proteção Ambiental (EPA) deverá sofrer com corte no orçamento e revisão dos padrões de eficiência de combustíveis para carros →
Trump quer lançar programa para questionar mudança climática
Presidente quer levantar dúvidas sobre a ligação entre a ação humana e as mudanças climáticas. Órgãos federais podem ser incluídos no plano →
Obama dribla Senado com plano anti-CO²
Presidente lança versão final de primeira regra nacional para limitar emissões de gases-estufa por termelétricas; instrumento deve impulsionar acordo do clima no final desde ano. →