Lixo e estética

De: Karin PeyParabenizo Silvia Pilz por sua coluna intitulada "O que vale é a estética". Sua análise sobre o lixo e a estética é perfeita. Nos dias de hoje, o que vale é o que se aparenta, e não o que se é. Nunca diga que não gosta do novo CD da desafinada, e ultra "deci-bélica", Banda Super X. Compre, do contrário descobrirá o que é viver numa ilha deserta. Sua identidade não é composta pelo que conclui, de tudo que leu, viu ou sentiu. Sua identidade é fabricada no marketing do lucro desenfreado. Tudo é válido para que você não seja você, mas apenas a lixeira dos inúmeros produtos inúteis, ignorantes e danosos que consome. O lixão que frequentamos nas praias, bate ponto em muitos outros locais. Conheço uma geladeira, que habitou uma rua de Copacabana por meses. Na cidade de São Paulo, distraía-me, nos engarrafamentos das marginais, adivinhando qual seria o próximo utilitário doméstico que encontraria alguns metros adiante. Muitas vezes, me surpreendia com o bom estado dos objetos. Quando penso que vivemos numa sociedade onde se é um completo "babaca" por não se consumir o novo, o super novo e o extra novo, sinto saudades da infância. Sou do tempo, não tão distante assim, onde ainda não havia "know-how" suficiente para transformar o indivíduo, através da chantagem, num ser ignorante que se endivida, até a alma, de modo a sentir-se consatantemente amado e respeitado pela sociedade. O lanche, embrulhado em guardanapo de pano, viajava até à escola em duráveis merendeiras de couro. Hoje, há todo tipo de saco brilhante contendo uma pseudo nutrição colorida e com sabor próximo ao do isopor. A estética da embalagem, é um fator importante para o consumo do conteúdo. A "estética" do estômago só é percebida, quando os pais, e não os super heróis estampados nestes produtos, levam a criança aos médicos. A embalagem, poderá até ser jogada na lixeira da escola por um feliz pequeno consumidor da moda, mas terá como destino final algum lixão da prefeitura. Viverá, por mais algumas centenas de anos, infernizando o meio ambiente com uma persistente gastrite incurável. Quanto ao guardanapo de pano, que volta da escola ainda cheirando a pão com queijo... Coisa mais careta, não merece respeito.

Por Redação ((o))eco
15 de setembro de 2004

Empalhador

De Vladimir Martins Mendes      Geógrafo e Análista AmbientalPrezado Sérgio,Meu nome é Vladimir Martins, conversamos outro dia na casa do Fred (BH -Geógrafo). Entrei no site, achei muito legal e li uma entrevista sobre um empalhador húngaro que montou um museu em Goiânia. Gostaria de falar que no Vale do Jaquitinhonha, na cidade onde nasci, Itaobim, tem o Museu do Canjira, que é um taxidermista que abriga em seu museu várias espécies do Cerrado Brasileiro. O museu não é tombado, e não recebe nenhum incentivo financeiro. O Sr. Canjira ou mestre Canjira como ele gosta de ser chamado vive de serviços no campo (venda de queijo, leite, remédios naturais, etc.), e o museu vive de doações de estudantes que passam lá para conhecer. Existe uma caxinha para doações em dinheiro. Para vc ter idéia da importância parece que alunos da USP já andaram fazendo algumas pesquisas por aquelas bandas.Mais informações façam contato comigo e por favor me cadastrem para eu receber noticias do "OECO".Saudações.

Por Redação ((o))eco
15 de setembro de 2004

Sílvia Pilz

De Olivia O’NeillAo Editor,Navegando pela internet, tive a sorte de me deparar com o site de vocês, e lí, a princípio como quem não quer nada, a crônica de Sílvia Pilz que me deixou bastante entusiasmada e reparei que podia ir mais adiante com as setinhas e comecei a ler as crônicas restantes com o

Por Redação ((o))eco
14 de setembro de 2004

Pantanal

De Maria Tereza Jorge PáduaSenhor Editor,Maravilhosa a matéria de Marcos Sá Corrêa sobre o Pantanal e RPPNs da Ecotrópica. Que sortudo: ver e fotografar uma onça nadando. Um reparo: o Parque Nacional do Pantanal não foi estabelecido sem estudos e não pegou só terras debaixo da água, por ignorância. Os estudos da criação deste Parque Nacional foram feitos por professores da Universidade de Viçosa, sob a batuta do professor Griffth e por especialistas famosos como o Dr. José Manoel Carvalho de Vasconcelos, que teve cargos importantes na área ambiental, tanto no Brasil como em Portugal e até na Comunidade Econômica Européia. Destes estudos participaram também o Dr. Gary Wetterberg e quem escreve esta.A idéia sempre foi de se criar um Parque Nacional pegando todo o perfil do Pantanal, ou seja, terras mais altas, as mais inundáveis ou as mais baixas e a Serra do Amolar, na outra margem do rio. Assim, desde o começo se pretendeu englobar as fazendas Acurizal, Doroché, Penha e Boabaide. As negociações para a compra pelo IBDF da fazenda Acurizal feitas com o então proprietário, Horácio Coimbra, dono do Café Pelé, não progrediram e foi impossível à época comprar-se as demais. Felizmente a TNC comprou e doou para a Ecotrópica as fazendas acima mencionadas, com exceção da antiga Boabaide, que foram reconhecidas como Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Esta iniciativa e luta da Ecotrópica resolveu o problema da efetividade do Parque Nacional em uma demonstração clara que o setor privado pode contribuir em muito com a conservação da biodiversidade e todos saímos ganhando.

Por Lorenzo Aldé
13 de setembro de 2004

Cães e gatos

De Paulo NogueiraPor isso prefiro os gatos, são independentes, não se vendem, retribuem afeto de maneira sutil.A jornalista Sílvia, que escreveu tão bem sobre cães, teria uma agradável surpresa se entrevistasse "gateiros", para poder escrever sobre eles.

Por Lorenzo Aldé
13 de setembro de 2004

Agradecimento

De Paulo Sergio E. de A. MoraesPrezados editores do O ECO,Venho por meio desta missiva agradecer aos Srs. pelos magníficos textos que estou tendo o privilégio de ler em vosso site, principalmente os produzidos pela Sra. Maria Tereza Jorge Pádua, que demonstra grande ciência em matéria de conhecimento de nossa terra e com a qualidade de não ser pedante. Gostaria de fazer uma sugestão: os Srs. poderiam articular com alguma emissora de rádio a realização de um programa sobre meio ambiente, que tal?

Por Redação ((o))eco
10 de setembro de 2004

Cães…

De Fabio SantosParabéns pela matéria, gostaria muito de ver a reação das pessoas donasde cães. Numa sociedade onde se fazem festas de aniversário para cachorros, com bolo, convidados de quatro patas e tudo que tem direito (acho que vou abrir uma empresa de animação de festas caninas) e na sua porta um ser humano passa

Por Redação ((o))eco
9 de setembro de 2004

Meio ambiente

De Eugênio Maria Tereza,Dói na alma o que você conta.Trabalho há 30 anos na recuperação de uma parcela pequeníssima do cerrado no DF, 70 ha. protegendo nascentes de água e controlando as águas da chuva com barramentos em forma de arcos romanos. Sei quanto é lenta a reconstituição do tecido orgânico depois de tantas funestas agressões.Enquanto se fala em meio ambiente nunca se chegará ao ambiente total. Vale o tracadilho.Obrigado pela avaliação. Lutar é preciso.Humanamente,

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004

Sacrifício sobre rodas

De Claudio CidAdorei sua reportagem sobre os jipes Defender, e aproveitando ogancho gostaria de sugerir-lhe que aborde sobre um assunto que atualmenteparece passar despercebido na pauta atual dos jornais e publicações dogênero. Diariamente assistimos aos ônibus do sistema de transporte coletivodespejarem verdadeiros blocos de fumaça sobre as ruas, e eu, assim como amaioria dos cidadãos que pagam imposto e têm a desagradável tarefa deanualmente levar seus carros à vistoria anual do Detran (que pelo menos aquino Rio de Janeiro é motivo de suplício) pergunta-se por que os coletivos nãopassam pelo controle de emissão de poluentes?!?!?!? Será que nós,proprietários de veículos de pequeno porte, é que somos os REAIS responsáveispela poluição? Ou o governo fecha os olhos (o que não seria fato novo...)às grandes empresas?

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004